Brasil

Desmatamento na Amazônia atinge menor marca em quatro anos

Em contrapartida, a área derrubada no Cerrado é a maior no mesmo período

Por Da Redação
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Desmatamento na Amazônia atinge menor marca em quatro anos

Foto: Marizilda Cruppe/Amazônia Real/Divulgação

Os alertas de desmatamento acumulados na Amazônia entre agosto de 2022 e 31 de julho de 2023 foram de 7.952 km², representando a menor marca anual em um período de quatro anos desde o início do monitoramento pelo sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 2015.

Por outro lado, no mesmo período, a área derrubada no Cerrado foi de 6.359 km², estabelecendo um recorde histórico no sistema Deter, que monitora o bioma desde 2019.

Para efeito de comparação, as áreas desmatadas em cada um dos biomas ultrapassam em muito a soma das capitais Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, que juntas possuem aproximadamente 3.050 km².

Aumentos de alerta no bioma

Os ministérios do Meio Ambiente e da Ciência divulgaram os dados nesta quinta-feira (3), apontando que o tempo menor de ação direta do governo federal no Cerrado, comparado à Amazônia, é um dos fatores que explicam o aumento dos alertas no bioma.

No mês de julho, especificamente, o desmatamento registrou queda de 66% na Amazônia, enquanto no Cerrado cresceu 23%. Nos primeiros seis meses do ano na região foi de 4.408 km², 21% maior em relação ao mesmo período de 2022, que teve 3.628 km² desmatados. Os estados com maior desmatamento são Bahia, Maranhão, Piauí, Tocantins, Mato Grosso e Pará.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, alertou que há um ganho na Amazônia, mas também um grande desafio no Cerrado. Ela afirmou que ações emergenciais foram implementadas no Cerrado para evitar um aumento desenfreado do desmatamento.

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