Dez-cidades brasileiras nunca elegeram mulheres para prefeita, vice e vereador; veja quais

Dez cidades brasileiras não elegem mulheres para a administração pública desde 2000, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nesse levantamento, não constam as mulheres que tomaram posse por terem se tornado suplentes ou após a cassação de chapas anteriores.

As mulheres representam 52,4% do eleitorado, neste ano, enquanto retratam 15,4% das prefeitas eleitas e 18,2% das vereadoras. A pesquisadora da Fundação Getulio Vargas (FGV), Débora Thomé, aponta que a experiência prévia em cargos públicos é um dos principais fatores que impulsionam a eleição, além dos partidos políticos não darem apoio suficiente.

Há 26 anos, a legislação brasileira estabelece que cada partido ou coligação deve possui o mínimo de 30% de candidaturas  de cada gênero nas eleições para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa do Distrito Federal, Assembleias Legislativas  e Câmaras Municipais.

Em agosto deste ano, foi aprovada a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), denominada PEC da Anistia, que isenta os  partidos políticos de multas por descumprimento dos repasses mínimos para candidaturas negras e cria um perdão amplo  para outras irregularidades em prestações de contas eleitorais. Embora não trate diretamente da questão das mulheres, 
o entendimento de críticos é que isso poderia também permitir a anistia para casos de não cumprimento do repasse para a cota de gênero. 
 
Existem cidades onde mulheres nunca foram eleitas, são os casos de Boa Vista (PB), Guaraciama (MG), Lagamar (MG) e São Geraldo do Baixio (MG).