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Dez estados sofrem com pressão da polícia por aumento salarial

Negociação dos planos de carreira do setor também estão sendo reivindicados

Por Da Redação
Ás

Dez estados sofrem com pressão da polícia por aumento salarial

Foto: Agência Brasil

A ação de policiais militares que culminou com o ataque ao senador Cid Gomes (PDT-CE) e o envio da Força Nacional de Segurança Pública ao Ceará expôs o aumento de casos de governos estaduais enfrentando problemas com os trabalhadores do setor de Segurança Pública. 

Apesar da dificuldade fiscal, outros dez estados estão sendo pressionados a negociar salários e planos de carreira do setor. Em alguns casos, policiais militares e civis criaram comitês unificados de negociação.

No Ceará, as manifestações de policiais e bombeiros militares e de seus familiares reivindicando aumento salarial ocorrem desde dezembro do ano passado de 2019. Na semana passada, o governador do estado, Camilo Santana (PT), chegou a anunciar um acordo com entidades que representam os profissionais da área que representaria um impacto no orçamento de R$ 149 milhões .De acordo com a proposta, o salário-base de um soldado, que é de R$ 3,2 mil, passaria para R$ 4,5 mil, com aumento progressivo até 2022, parcelado em três vezes. 

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, atendeu às reivindicações dos trabalhadores de segurança e concedeu reajuste salarial de 41,7% em três parcelas anuais, o custo chega a R$ 9 bilhões. 

Na Paraíba, policiais militares, civis e bombeiros paralisaram as atividades por 12 horas na quarta-feira (19)e reclamam da demora do governo do estado em negociar o reajuste de 24% pretendido para os próximos dois anos, além da incorporação integral aos salários da bolsa desempenho paga às corporações. Contudo, o governo ofereceu reajuste de 5%. 

Já a Polícia Civil de Alagoas realiza a Operação Renan Filho #Devagar e promete paralisar as atividades na quarta-feira de cinzas, quinta e sexta-feira da semana que vem. Prometem ainda parar duas vezes por semana durante todo o mês de março e os depoimentos só serão feitos com presença de delegados. Desde as festas de fim de ano que a categoria promete cruzar os braços para obter reposição salarial mínima de 16% e aumento no salário inicial. 

No Rio de Janeiro e em São Paulo, os governadores Wilson Witzel (PSC) João Doria (PSDB) enfrentam doses de insatisfação desde o ano passado. O reajuste salarial de 5% anunciado por Doria para a PM paulista foi criticado por policiais, que acusam uma defasagem salarial de cerca de 40%. No Rio, o acordo de recuperação fiscal com a União impede reajustes salariais para a polícia.

Em Pernambuco, a negociação é com os policiais civis, que querem salário inicial de R$ 6 mil e reestruturação de plano de cargos e carreiras. Um levantamento da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis, divulgado no ano passado, mostrou que o salário inicial no estado era de R$ 3.900. 

Na Bahia, a votação da previdência dos funcionários públicos levou os policiais civis a quebrarem a porta do plenário da Assembleia Legislativa e invadirem o plenário no fim de janeiro. Os parlamentares foram atacados com ovos e policiais teriam chegado a apontar suas armas para os deputados. Contudo, a proposta de reforma na previdência dos servidores do estado foi aprovada.

Em Sergipe, policiais civis paralisaram as atividades nesta quarta-feira (20) e foram para a frente do palácio do governo com renda e carro de som. O presidente do Sindicado dos Policiais Civis, Jean Rezende, afirmou em entrevistas que não há resposta para as reivindicações. Há  também negociações salariais em curso nos estados do Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 
 

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