Dia da Reforma Protestante
Confira o editorial deste domingo (31)
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A Reforma Protestante completa 504 anos neste domingo (31). No Brasil, as ideias de Martinho Lutero chegaram por meio das Igrejas Luterana, Batista, Presbiteriana, Metodista e Congregacional.
Se no período historicamente conhecimento como Idade Média (séculos 5 e 15) a Igreja Católica determinava em todo o mundo ocidental europeu a doutrina religiosa a ser seguida, a moral, costumes a até mesmo relações socioeconômicas, no 16 a instituição já não detinha a mesma liderança ou credibilidade junto à massa populacional pobre ou às classes enriquecidas. Venda do perdão, cargos (bispos e cardeais) e relíquias pelo próprio corpo religioso foram alguns dos problemas enfrentados pela Igreja.
Em suma, a mercantilização da fé, mas não apenas isto, foi responsável pelos movimentos reformistas, ou reformas protestantes. A primeira aconteceu há exatos 500 anos, em 1517, na Alemanha, pelo monge Martinho Lutero.
Precursor do protestantismo, Lutero fundamentou suas famosas 95 teses (com rupturas à Igreja Católica Apostólica Romana) afixadas na igreja do castelo de Wittenberg na teologia de Santo Agostinho, que critica a salvação pela obra, aceitando apenas a salvação pela fé, e essencialmente pregava a importância em conhecer as Santas Escrituras, isto é, a Bíblia.
Tornar a Bíblia acessível ao fiel é mesmo o maior legado da reforma. Foi o livre acesso as Escrituras Sagradas, pois antes apenas o clero tinha este acesso.
Outra tese de Lutero ao protestantismo foi norte para futuras medidas sócio-políticas no Ocidente: a separação da Igreja e Estado.
Decisivo no século 16, a reforma protestante forçou ainda naquele período a Igreja Católica a promover mudanças internas, conhecida como Contrarreforma. A relevância do passado perdura.