Dia do ciclista:desafios e benefícios
Confira o nosso editorial desta quinta-feira (19)
Foto: Reprodução
Escolhida para homenagear o ciclista Pedro Davison, que faleceu em 9 de agosto de 2006 ao ser atropelado por um motorista bêbado enquanto pedalava no Eixão Sul em Brasília – o dia do ciclista marca, sobretudo, a luta contra a violência no trânsito.
O transporte, desde então, assim como as infraestruturas para bicicletas, cresceram nas cidades brasileiras, principalmente nas capitais. De acordo com um levantamento da ONG Transporte Ativo, só no período entre 2014 e 2018, o crescimento foi de 133% nas capitais, atraindo muitos novos ciclistas e promovendo a segurança dos que estavam circulando nestas vias.
Os avanços, no entanto, não significam um panorama perto do ideal e muito menos democrático para a mobilidade por meio das bikes. O ambiente para o uso quase nunca é acolhedor, até mesmo nas ciclovias ou ciclofaixas para uso recreativo – é preciso conviver com a falta de educação de motociclistas e pedestres que as utilizam.
Por outro lado, a atual infraestrutura das cidades, após décadas e séculos de desenvolvimento urbano e arquitetônico, são por si só um empecilho técnico para o desenvolvimento do uso das bicicletas em meio aos carros, ônibus e caminhões.
Neste movimento, muitas pessoas encontram na bicicleta uma alternativa para a saúde, por ser uma atividade física, que ainda contribui para a melhora da qualidade do ar, além do uso para trabalhar, como os ciclistas de aplicativo de entregas.
E vale destacar: investir em infraestrutura para bicicletas – de ciclovias a paraciclos e programas de compartilhamento de bikes – é o tipo de investimento que pode ajudar economias a se recuperarem enquanto enfrentam as mudanças climáticas, reduzem a poluição do ar e protegem a saúde humana.