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Djokovic está fora do Austrália Open: justiça australiana rejeita recurso e mantém visto cancelado

Governo australiano diz que o tenista é visto como alguém que endossa uma posição antivacina e que sua presença pode influenciar pessoas

Por Da Redação
Ás

Djokovic está fora do Austrália Open: justiça australiana rejeita recurso e mantém visto cancelado

Foto: Reprodução / Wikimedia Commons

O tenista número um, Novak Djokovic, está definitivamente banido do Aberto da Austrália. Em decisão final, o júri decidiu que o atleta terá o visto cancelado e, portanto, ficará impossibilitado de disputar a competição de tênis. Ele será deportado e ainda terá que arcar com os custos do julgamento, que durou quase nove horas.

O Australian Open já havia agendado a estreia de Djokovic para esta segunda-feira (17). Mas o horário do jogo ainda constava como indefinido. A partida só seria confirmada se o sérvio mantivesse o visto para continuar na Austrália. 

O primeiro episódio para manter a realização dessa partida em aberto ocorreu na sexta-feira (14), quando o ministro dos Serviços a Imigrantes, Alex Hawke, cancelou de imediato o visto de Novak Djokovic por ele não estar vacinado contra a Covid-19. A partir desse episódio, o tenista entrou com um recurso para reverter a decisão, permanecer na Austrália e conseguir participar do torneio. 

Mesmo com a revogação do visto, a deportação de Djokovic não foi autorizada de imediato. O destino do tenista ficou a cargo justamente desse julgamento, que ocorreu em Melbourne e foi composto por júri da Corte Federal. Os juízes responsáveis por esse veredicto definitivo foram: James Allsop, Anthony Besanko e David O'Callaghan.

O julgamento 

No julgamento, o advogado do governo australiano Stephen Lloyd argumentou que a presença de Novak Djokovic na Austrália poderia influenciar outras pessoas por se tratar de uma celebridade. Na visão de Lloyd, o tenista "com ou sem razão", está endossando uma visão antivacina. 

O advogado ainda disse que o ministro da Imigração, Alex Hawke, não precisa esperar evidências de que Djokovic esteja influenciando as pessoas para que seu visto seja cancelado, bastando apenas que exista esse risco.

Já a defesa do tenista alegou que ele não fez campanha antivacina,  apesar de ter se posicionado publicamente contra a obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19. Apesar da imunização ser um requisito para a participação no Aberto da Austrália, Djokovic conseguiu uma autorização de exceção médica concedida pelos organizadores do Grand Slam por ter sido infectado pelo coronavírus em dezembro.

O julgamento deste sábado (15), ocorreu no Tribunal Federal da Austrália, em Melbourne, chegou a ser interrompido por uma hora para que os presentes pudessem almoçar. Antes disso, os representantes das duas partes (Djokovic e governo australiano) defendiam seus argumentos perante o júri. Enquanto a defesa do tenista lutava para que o visto fosse restabelecido, as autoridades da Austrália defendiam o seu cancelamento, assim como o banimento do sérvio do Australia Open e a sua deportação do país.

Vale salientar que na última quarta-feira (12O, o tenista admitiu que não cumpriu o isolamento após testar positivo para a Covid-19 e que houve um erro no preenchimento do formulário apresentado na imigração. Além disso, a revista alemã Der Spiegel levantou suspeitas sobre os exames do tenista.

 

A decisão final do julgamento deixou o Australian Open sem o número um do mundo. Ele será substituído por um "lucky loser" (perdedor sortudo), que é um tenista que foi derrotado nas eliminatórias para o torneio. A organização do torneio ainda não comentou publicamente a decisão da justiça australiana.

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