Documentário brasileiro fala sobre impacto hidrelétrico de Tucuruí, no Pará
“O Reflexo do Lago” é uma das principais mostras do Festival de Cinema de Berlim
Foto: Divulgação
O documentário “O Reflexo do Lago”, de Fernando Segtowick, faz parte da seleção Panorama, uma das principais mostras do Festival de Cinema de Berlim.
O filme, que conta a história da construção da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, é um alerta sobre as ações do homem na Amazônia e seu impacto no mundo. “Vivemos todos no mesmo planeta”, diz o diretor em entrevista exclusiva à RFI na capital alemã, pouco antes da estreia na 70ª edição da Berlinale.
O documentário lança um olhar melancólico sobre comunidades que vivem no arquipélago do lago criado pela hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, obra-símbolo do governo militar, inaugurado em 1984. Até hoje, no entanto, como estudos de ilhéus da região do rio Caraipé conviver com consequências do desflorestamento e não desfrutar da energia elétrica.
“O reflexo do lago” traz uma abordagem mais útil sobre o impacto da obra na vida dos ribeirinhos. Diretor e equipe se misturam com os moradores, dormem e comemoram com eles, e acompanham em suas atividades incluídas o trabalho, diversão e vida religiosa.
O roteiro do documentário “O reflexo do lago” teve como base pesquisas de Edilene Santos Portilho, mestre em Educação Agrícola pela UFRJ, nascida em Caraipé, e suas imagens, capturada em preto e branco, inspirada no livro fotográfico “O lago esquecido”, de Paula Sampaio.