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Dolphin Mini: Farol da Bahia testa o elétrico mais barato da marca

Compacto tem 75cv e mais de 300km de autonomia para rodar na cidade

Por Marcos Camargo Jr.
Ás

Dolphin Mini: Farol da Bahia testa o elétrico mais barato da marca

Lançado há sete meses no país o BYD Dolphin Mini é um dos carros elétricos mais baratos do país. Alinhado do Renault Kwid no preço, o Dolphin Mini já vendeu mais de 10.000 unidades no Brasil dobrando as vendas dos compactos elétricos ao lado do Dolphin. E agora após o lançamento o Farol da Bahia o compacto elétrico ao longo de uma semana.  

Como anda o Dolphin Mini? Qual sua autonomia real? Quanto custa recarregar? Veja tudo na sequência. 

Além do visual futurista, o BYD Dolphin Mini mescla conceitos de monovolume mas é bem compacto. O carro tem seus 3.780mm de comprimento (10cm mais longo que um Renault Kwid), 1.580mm de altura e 1.715mm de largura além do entre eixos curto de 2,500mm. Esta, porém, é a versão que leva quatro passageiros sendo que recentemente a BYD lançou a versão com cinco assentos.

O BYD Dolphin Mini tem motor elétrico de 75 cv e 13,5 kgfm de torque suficiente para chegar a 130 km/h. A bateria tem 38 kwh suficiente para cerca de 280km no ciclo Inmetro e na prática pode superar os 300 km por recarga.

Entre as curiosidades interessantes, podemos elencar que o Dolphin tem pneus estreitos combinados com roda aro 16, um único limpador, oferece faróis em LED e tem até mesmo banco do motorista elétrico. No restante, como é digno de sua categoria, não traz retrovisor fotocrômico e tem acabamento simplificado porém bem digno com boa montagem. 

Teste de condução 

Ao acionar o botão de partida notamos que as luzes se acendem de forma instantânea e temos contato com o diminuto painel digital ao lado da multimídia. A visibilidade é boa na frente mas atrás o vidro diminuto atrapalha um pouco. Notamos ainda, que o ar-condicionado tende a levar alguns minutos para começar a funcionar o que pode incomodar em dias quentes. 

De condução fácil, o Dolphin Mini nem parece ter apenas 75cv enquanto o Dolphin, por exemplo, tem 95cv. É fácil de desviar a trajetória do Dolphin Mini, tem boas retomadas e a posição de dirigir é boa. A cabine do carro também permite que motoristas e passageiros mais altos se acomoda com facilidade. O porta-malas é pequeno com 230 litros mas a ideia da BYD é oferecer um carro com espaço para passageiros, mesmo os mais altos. 

A multimídia de 10 polegadas é prática e tem comandos fáceis e intuitivos já bem traduzidos para o português. Há conexão Android sem fio e Apple CarPlay com cabo, comandos de voz de boa compreensão, boa câmera de ré mas não há recurso 360°. O ar condicionado é digital mas sem comando automático. 

O único ponto que merece atenção ao longo do nosso tempo de teste está na suspensão. O Dolphin Mini é mesmo excessivamente confortável sobretudo em curvas e também para passar em pequenos buracos, lombadas ou valetas. Com curso bem curto, a carroceria parece que fica flutuando em algumas situações com obstáculos o que merece atenção do motorista e certa insegurança para os passageiros. Fica o alerta para a BYD ajustar o setup de suspensão do Dolphin Mini, seja em um conjunto de molas mais rígidas ou menor curso uma vez que a elevada carroceria já não favorece as leis da física. Da mesma forma as rodas poderiam ser maiores ou então a banda do pneu mais larga e mais alta contribuindo com a sensação de segurança. 

Os pneus originais são 175/55 R16 enquanto a BYD tenta homologar o 185/55, medida mais fácil de se encontrar. 

Teste de autonomia 

O BYD Dolphin Mini conta com 38,8kw de bateria que rende 289km no ciclo PBEV. Mas na prática é bem generoso e eficiente no dia a dia. Para carregar em casa - que é o ideal - o custo ficará em torno de R$ 34 considerando a taxa de energia. 

No primeiro ciclo concluímos o teste com 290km, acima do que prevê o Inmetro e rodando no modo Sport com dois trechos de estrada. Depois no modo normal superamos 315km sempre com ar ligado de forma intensa e ainda marcava 13% de autonomia suficientes para 50km. Em tese ele chegaria de forma segura aos 340km de autonomia. 

Depois testamos uma recarga feita em um supermercado da rede Atacadão que dispõe de carregador de 7kw ao preço de R$ 0,98 o kw. Recarregamos o carro com mais 28kw por cerca de R$ 27. Bem interessante o custo para adicionar 200km de autonomia no carro. 

Quanto custa? 

A conclusão é que com exceção do sistema de suspensão muito confortável e que requer atenção, o Dolphin Mini surpreende pela economia de rodagem, pelo conforto e uma proposta interessante de carro elétrico urbano. Por R$ 115,8 mil, sai por menos do que um hatch 1.0 turbo. Seu preço é alinhado a um Chevrolet Onix LTZ, Volkswagen Polo Comfortline 170TSi e Hyundai HB20 Limited Safety que custam por volta dos R$ 115 mil. 

O Dolphin Mini pode ter alguns itens de série a menos que os competidores mas nenhum deles terá a mesma eficiência energética do compacto chinês. Assim, ele se sobressai na proposta atual para quem quer entrar no universo da eletrificação. 

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