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'Dona Maria', mulher apontada como maior traficante da Bahia, tem prisão preventiva decretada com pedido de transferência para cumprimento de pena em território baiano

Jasiane Teixeira é casada com o homem apontado como líder de uma facção criminosa de São Paulo, ela já havia sido presa, no estado, em janeiro deste ano

Por Da Redação
Ás

'Dona Maria', mulher apontada como maior traficante da Bahia, tem prisão preventiva decretada com pedido de transferência para cumprimento de pena em território baiano

Foto: Reprodução/Alberto Maraux/SSP

A Justiça da Bahia decretou, na quarta-feira (26), a prisão preventiva e transferência para a Bahia de Jasiane Teixeira, conhecida como "Dona Maria, mulher apontada como a maior traficante de drogas e armas do estado. A informação foi divulgada pelo próprio autor do pedido, o Ministério Público da Bahia (MP-BA).

Conforme divulgado pelo órgão, a mulher é alvo de investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MPBA, que a denunciou no último dia 20 pelo crime de lavagem de dinheiro. O órgão não divulgou para qual penitenciaria a mulher deve ser transferida e nem a data da movimentação.

A investigada íntegra o chamado "Baralho do Crime" da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), além dos crimes como homicídio e tráfico de drogas e armas, ela também responde a quatro ações penais por ordenamento de prática ilícitas no sudoeste baiano, roubos, falsidade ideológica e corrupção de menores.

Jasiane Teixeira já havia sido presa em São Paulo (SP), onde morava atualmente, em janeiro, quando foi encontrada com R$ 66 mil em espécie, 10 celulares e documentos contábeis relacionados ao tráfico de drogas. Na ocasião, a mulher ainda tentou destruir as provas ao perceber a presença da polícia.

A Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) detalhou que, Jasiane era considerada foragida após ser condenada a 14 anos de prisão por homicídio na Bahia. A data da decisão e os detalhes do crime não foram divulgados.

Segundo informações divulgadas pelo Gaeco, "Dona Maria" administrava uma facção criminosa de tráfico de drogas na região de Vitória da Conquista, e é responsável pela contabilidade da organização criminosa e dos fluxos de caixa.

As investigações apontaram que ela escondia os lucros criminosos pulverizando os recursos em contas de diversas pessoas, por meio de depósitos fracionados, que retornavam para ela mesma ou para outros membros da organização criminosa. A prática impedia a possibilidade de rastreamento das movimentações financeiras pelos órgãos de controle financeiro e de perseguição contra a investigada.

O MP justificou o pedido de prisão e transferência ao afirmar que o cumprimento da pena deve "garantir a ordem pública e econômica, além de evitar que a acusada interfira na instrução criminal ou fuga da aplicação da lei."


Mulher já cumpriu pena na Bahia, em 2019

Jasiane já foi presa no dia 25 de setembro de 2019, em Biritiba Mirim, em São Paulo, após investigações da polícia baiana. Na época, "Dona Maria" integrava o "Baralho do Crime", como a dama de copas.

A investigada foi transferida para Salvador, em um grande esquema de segurança, no dia 27 de setembro do mesmo ano. A transferência ocorreu por meio de uma aeronave do Grupamento Aéreo da PM (Graer), e a mulher permaneceu com pés e mão algemados e com os olhos vendados. Em entrevista a imprensa, ela alegou ser inocente.

Na ocasião, ela também era investigada por envolvimento na morte de um agente penitenciário e por intermediar a compra de armamento pesado, como fuzis e granadas para os grupos que chefiava.

A polícia de Vitória da Conquista apreendeu, ainda em 2019, um avião de responsabilidade da mulher, que seria utilizado para fazer o transporte de drogas e armas vindas da Bolívia, Venezuela, Colômbia e Peru. Três homens foram presos durante a operação e a aeronave foi leiloado em 2020 por R$ 800 mil.

"Dona Maria" ficou presa no Conjunto Penal de Juazeiro, no norte da Bahia, até março de 2020, quando recebeu o habeas corpus. O desembargador Lourival Almeida Trindade foi responsável por assinar a decisão, que revogou a prisão preventiva da acusada.

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