Dono de ferro-velho suspeito de homicídios é suspeito de tentar subornar agentes penitenciários em presídio de Salvador
Mrcelo Batista tentou oferecer R$ 5 mil para obter benefícios indevidos

Foto: Reprodução/Redes Sociais
A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) impediu uma tentativa de corrupção ativa dentro da Cadeia Pública de Salvador (CPSa), no Complexo da Mata Escura, nesta terça-feira (14).
O detento, identificado como Marcelo Batista, dono de um ferro-velho no bairro de Pirajá, tentou subornar dois policiais penais na Cadeia Pública de Salvador (CPSa), no Complexo da Mata Escura. O homem é acusado de ser o autor dos homicídios de dois ex-funcionários, Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, de 24 anos, e Matusalém Silva Muniz, 25.
Segundo a SEAP, ele teria oferecido R$ 5 mil a um policial penal em troca de facilidades para integrar a equipe de custodiados que realizam atividades laborais na unidade. O agente recusou a proposta e comunicou o ocorrido à Coordenação de Segurança, que informou à Direção da CPSa.
Na quarta-feira (15), a caminho de prestar esclarecimentos, Marcelo teria tentado subornar novamente um outro servidor com a mesma quantia. A direção da Cadeia determinou que ele fosse levado à Central de Flagrantes para adoção das medidas legais cabíveis e a instauração do procedimento de conduta.
O interno prestou depoimento e depois foi reconduzido ao Complexo da Mata Escura. O caso seguirá sob investigação.
O empresário estava preso desde o dia 4 de outubro deste ano, sob acusação de tentativa de homicídio contra outras três pessoas. Duas delas também trabalhavam na empresa em que Marcelo era proprietário, ele teria disparado contra os sujeitos com uma arma de fogo. Todos conseguiram escapar com vida.
Caso Ferro - Velho
Marcelo Batista é acusado pela morte de Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz. Os jovens desapareceram em 4 de novembro de 2024, após trabalharem de diarista no ferro-velho em Pirajá.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou o empresário e o soldado da Polícia Militar Josué Xavier Pereira pelos homicídios dos jovens no dia 27 de março deste ano. Segundo o órgão, os crimes foram cometidos por motivo torpe, meio cruel e ocultação dos cadáveres.