"É uma área que todos evitam voar", diz piloto sobre queda do avião que transportava Marília Mendonça
Rafael Lacerda deu instruções de pouso para o piloto da aeronave que caiu na sexta-feira
Foto: Reprodução/ Agencia Brasil
De acordo com o piloto de avião, Rafael Lacerda, que trabalha há dez anos sobrevoando a área de Caratinga, no interior de Minas Gerais, onde a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas morreram na tarde desta sexta-feira (5), após a queda do seu avião, a área do acidente é evitada por todos os pilotos.
“Para nós que estamos acostumados, os fios não chegam a atrapalhar. Mas eles estão em um setor de muita aproximação e com o relevo muito alto, então é uma área que todos os pilotos evitam”, relata.
Em entrevista à revista Isto É, Lacerda conta que usava uma frequência de rádio aberta pouco antes de chegar a Caratinga e conseguiu ouvir o piloto que transportava Marília Mendonça dando as instruções para o pouso. “Ele reportou duas vezes que tinha ingressado na perna do vento, um procedimento que a gente usa para pousar. Só ouvi isso e, depois, mais nada. Aparentemente, o avião não estava em pane”, relata.
Em nota, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), confirmou no fim da tarde desta sexta (5) que o avião da cantora atingiu um cabo de uma torre de distribuição da companhia, mas não deixou claro qual seria o papel desse choque para a queda da aeronave.
A Polícia Civil afirmou, em entrevista coletiva na noite desta sexta-feira (5), que não têm condições de determinar a causa do acidente aéreo, mas encontrou destroços de uma antena de energia elétrica no local da queda da aeronave. “A gente não pode falar sobre a causa do acidente. Há destroços de uma antena que sugere que o avião tenha colidido com essa antena”, afirmou Ivan Salles, delegado regional da Polícia Civil de Caratinga.