'É uma situação até confortável', diz líder do governo sobre número de vacinados no Brasil
Cientistas acreditam que país deve levar mais de dois anos para imunizar a população
Foto: Reprodução/ Agência Brasil
O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), definiu como "situação confortável" sobre o número de brasileiros já vacinados contra a Covid-19, já que o país ocupa a 5ª posição no ranking de população já imunizada.
"Então, nosso sistema de saúde responde, está melhor no tratamento das pessoas do que a maioria dos países de primeiro mundo que estão na nossa frente em número de vacinados, mas o Brasil é o 5º do mundo em número de vacinados. Embora tenha começado mais tarde, já são 10 milhões e 300 mil vacinados e 11 milhões e 600 que já pegaram Covid e estão imunes, então, a nossa situação, ela não é tão crítica assim. Comparada a outros países, é uma situação até confortável", disse ele em entrevista à Globo News.
O Brasil registrou ontem (16) um recorde negativo ao alcançar 2.798 mortos pela Covid-19 em 24 horas e totalizou 282.400 mortes desde o início da pandemia. O país também registrou 11.609.601 casos de infecção pelo coronavírus.
"Olhe bem a estatística, mortes por milhão, ou seja, o cuidado do sistema de saúde com as pessoas. Reino Unido, 1.853 [mortes por milhão], em 4º lugar. Estados Unidos, 1.609 por milhão, em 11º. Brasil, 1.300 mortes por milhão, em 22º lugar", afirmou Barros.
Apesar do líder do governo acreditar que a "situação é até confortável", o ritmo da vacinação no país é considerado lento por especialistas. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) prevê que se o ritmo atual for mantido, o Brasil deve imunizar os brasileiros com mais de 18 anos em dois anos e meio, mas só com a primeira dose.
Na entrevista, Barros também comentou sobre o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro. Para ele, a aceleração da vacina e o adiantamento de doses contratadas deve ser prioridade do sucessor de Eduardo Pazuello.
"Tenho a absoluta convicção que ele cumprirá sua missão, senão não teria assumido o ministério. Ele sabe o que deve ser feito e tem o comando do governo central, mas sabe que a tarefa é acelerar a vacinação, negociar adiantamento da entrega de doses e trazer novos fornecedores. E com isso nós podemos avançar", afirmou o deputado.