Economista escolhida por candidato da extrema direita ds argentina diz que Mercosul é "um negócio que beneficia poucos"

A economista argentina, Diana Mondino, afirmou que o Mercosul é "um negócio que beneficia poucos". Em caso de vitória de Javier Milei, na Argentina, Mondino deverá ser a escolhida para o Ministério das Relações Exteriores. 

Ela esclareceu, em entrevista ao jornal O Globo, que um eventual governo de Milei não vai romper relações com a China, mas tampouco promoverá a relação entre os países. A ideia é priorizar essencialmente o comércio e a retomada do crescimento argentino. Além de buscará um vínculo pragmático com o governo Lula.

A economista de 65 anos também jogou "panos quentes" sobre a afirmação de Milei de uma eventual saída do bloco do Mercosul em caso de vitória nas eleições.

"O que ele disse sobre o Mercosul foi que hoje o bloco não serve a ninguém, e que serve apenas para fazer alguns negócios, e eu confirmo isso. Devemos mudar, não sair do Mercosul, porque o Mercosul não pode ser um negócio para alguns espertos que saem beneficiados. O Mercosul provoca desvio de comércio, e não criação de comércio, e o que nós queremos é criação de comércio", enfatizou.

Ela foi perguntada como seria uma relação do governo Milei com o presidente do Brasil. "Conheço muitas pessoas no Brasil, e uma das coisas mais interessantes que queremos fazer é criar uma nova forma de fazer política [externa], que não seja baseada em amizades.".

A Argentina quer, principalmente, exportar, exportar e exportar. Temos de nos complementar, a Argentina tem muito a oferecer, e precisa de muitas coisas também." afirmou Mondino.

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