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Eduardo Bolsonaro pode deixar PL caso Tarcísio se filie ao partido: "90% de chance", diz Paulo Figueiredo

Movimentação aumenta tensões na ala bolsonarista da legenda

Por Da Redação
Às

Atualizado
Eduardo Bolsonaro pode deixar PL caso Tarcísio se filie ao partido: "90% de chance", diz Paulo Figueiredo

Foto: @bolsonarosp no X

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que, caso decida disputar a Presidência, pretende se filiar ao partido. A informação foi divulgada pela coluna de Bela Megale, no jornal O Globo, na terça-feira (26).

Segundo a coluna, a declaração teria causado mal-estar entre Eduardo Bolsonaro e seu grupo, que interpretam a movimentação de Tarcísio e Valdemar como uma tentativa de enfraquecer o pai dele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Atualmente, Bolsonaro está inelegível até 2030, preso e responde como réu por tentativa de golpe de Estado, com julgamento marcado para o dia 2 de setembro.

Aliado de Eduardo nos Estados Unidos, o ex-apresentador da Jovem Pan Paulo Figueiredo relatou à coluna que o deputado “tem 90% de chance de sair do PL”.

“Essa chance aumenta se Tarcísio for para o PL. Caso isso ocorra, Eduardo deixará o partido e irá para outra legenda para ser candidato à Presidência por outro partido”, disse Figueiredo.

Tarcísio é visto como uma opção para a direita caso Jair Bolsonaro não consiga concorrer, dada a proximidade histórica entre os dois. No entanto, aliados de Eduardo Bolsonaro defendem que o filho 03 do ex-presidente seja o candidato à presidência na eleição de 2026. 

Desavenças

As desavenças entre Eduardo Bolsonaro e Tarcísio se tornaram públicas em meados de julho, durante as negociações do tarifaço imposto pelos Estados Unidos, onde Eduardo mora desde março. 

À época, em entrevista à Folha de S.Paulo, no dia 14 de julho, o deputado licenciado disse que Tarcísio o havia desrespeitado ao tentar negociar uma saída para as tarifas de 50% com a Embaixada dos Estados Unidos.

"O Tarcísio utilizou os canais errados. O filho do presidente está nos Estados Unidos. O Tarcísio não tem nada que querer costurar por fora uma decisão que provavelmente vai chegar a mais um acordo caracol".

Em resposta, Tarcísio disse que estava olhando para São Paulo. No dia seguinte, 15 de julho, Eduardo voltou a criticar Tarcísio. Nas redes sociais, ele escreveu que a postura do governador de tentar negociar esvaziava o plano de pressionar por anistia:

"Prezado governador @tarcisiogdf, se você estivesse olhando para qualquer parte da nossa indústria ou comércio, estaria defendendo o fim do regime de exceção que irá destruir a economia brasileira e nossas liberdades. Mas como, para você, a subserviência servil às elites é sinônimo de defender os interesses nacionais, não espero que entenda".


Reprodução/Redes Sociais

No dia 16, Eduardo afirmou ter selado a paz com Tarcísio:

"Tive uma boa e longa conversa agora com o governador. De lado a lado foram expostos pontos de vista e a conclusão de que ambos atuam na melhor das decisões dos interesses dos brasileiros."

A tensão, entretanto, voltou a público na última quarta-feira (20), quando a Polícia Federal vazou mensagens que mostram Eduardo xingando o pai, Jair Bolsonaro, após entrevista do ex-presidente sobre o conflito com Tarcísio. Em um dos diálogos, Eduardo escreveu:

"Eu ia deixar de lado a história do Tarcísio, mas graças aos elogios que você fez a mim no Poder 360 estou pensando seriamente em dar mais uma porrada nele, para ver se você aprende. VTNC SEU INGRATO DO CARALHO!"

Bolsonaro respondeu com dois áudios, cujo conteúdo não foi recuperado pela investigação.


Divulgação/PF

Na quinta-feira (21), Tarcísio se negou a comentar o episódio envolvendo as mensagens entre Eduardo e Jair Bolsonaro:

"Eu não vou comentar uma conversa privada de pai para filho, é uma questão que só interessa aos dois. Minha relação com Bolsonaro permanece baseada em lealdade, amizade e gratidão".

As trocas de mensagens integram o inquérito que levou ao indiciamento de Eduardo e Jair Bolsonaro. O deputado é investigado por sua atuação nos Estados Unidos, onde supostamente articula sanções contra autoridades brasileiras. 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) sustenta que o caso pode configurar crimes como obstrução de investigação, coação no curso do processo e atentado à soberania nacional.

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