Eduardo Bolsonaro vai continuar nos Estados Unidos em protesto à prisão do pai
Deputado só deixará o país se conseguir provocar saída de Alexandre de Moraes do STF

Foto: Reprodução/YouTube @EDUARDOBOLSONAROSP
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que vai continuar nos Estados Unidos em protesto a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em entrevista à coluna de Bela Megale do Jornal O Globo, o político disse que só país se conseguir provocar saída de Moraes do Supremo.
Eduardo também ressaltou que não vai renunciar ao mandato e que enviará um ofício à Câmara se colocando como alvo de "perseguições".
Por fim, o deputado comentou sobre o plano de ser candidato à Presidência da República se tiver o apoio do pai, além de reforçar os elogios ao presidente norte-americano Donald Trump sobre o tarifaço imposto ao Brasil.
Ao ser questionado sobre o assunto, Eduardo sugeriu a anistia "ampla, geral e irrestrita" para "resolver a crise".
"O presidente Trump colocou que essa era uma questão envolvendo a perseguição a Jair Bolsonaro, seus familiares e apoiadores. Ele apontou para uma crise institucional. Para resolver essa crise, a gente tem que dar uma sinalização aos americanos. A melhor maneira, na minha sugestão, é a anistia ampla, geral e irrestrita. Isso colocaria o Brasil numa boa condição na mesa de negociações junto ao governo dos EUA. Não sou eu que levo a mensagem de que sou responsável por essas tarifas, mas sim o conjunto da obra feita no Brasil, que é liderado pelo ministro Alexandre de Moraes", disse.
O deputado afirmou que trabalha com o presidente americano para aumentar as sanções sobre o Brasil após a prisão do ex-presidente.
"Trabalho sim, neste sentido. Estou levando a prisão ao conhecimento das autoridades americanas e a gente espera que haja uma reação. Não é da tradição do governo Trump receber essa dobrada de aposta do Alexandre de Moraes e nada fazer. O que eles vão fazer, eu não sei. Não sei se isso vai passar pela mesa do Trump ou pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Espero que haja uma reação nos próximos momentos", relatou
Eduardo também cita que teme ser preso e não pensa em retornar ao Brasil por agora.
"Se eu retornar, sei que vou ser preso. Primeiramente, tenho que tirar o Alexandre de Moraes dessa equação, anular ele, isolá-lo. A gente tem que aprovar uma anistia para que alcance todos os perseguidos por Moraes. Os meus planos aqui são: ou tenho 100% de vitória, ou 100% de derrota. Ou saio vitorioso e volto a ter uma atividade política no Brasil, ou vou viver aqui décadas em exílio. É o que eu estou assumindo, estou aceitando esse risco, porque eu acho que vale a pena", afirmou.