Efeito na prevenção
Confira nosso especial deste sábado (16)
Foto: Arquivo/Agência Brasil
O efeito da Ivermectina na prevenção de manifestação clínica da infecção causada pela covid-19 em pacientes ambulatoriais infectados é mote de pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
O estudo, parte do Programa de Combate a Epidemias da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), é óbvio, tem bases científicas, talvez até mais do que pareceres de médicos infectologistas que subitamente se colocam contra qualquer tratamento preventivo contra a doença do novo coronavírus.
E não à toa o responsável pelo projeto, Adriano Araújo, diretor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da UFS, sabe muito bem como lidar com o assunto e ressalta: ivermectina é um agente antiparasitário que apresenta, em estudo in vitro, expressiva redução da carga viral do vírus responsável pela doença.
Contudo, Araújo ressaltou que a administração oral do medicamento é a única licenciada para uso humano, o que apresenta limitações farmacológicas, com comprometimento da biodisponibilidade. Neste sentido, ele justifica que a abordagem de formulações inovadoras para administração deste medicamento pode determinar a dose clínica eficaz em pacientes com covid-19.
O projeto propôs ainda o reposicionamento da Ivermectina veiculada em microemulsão, para uso oral, e em nanopartículas lipídicas, para aplicação injetável, com avaliação clínica em pacientes com a doença, a partir do desenvolvimento de novos produtos.
O coordenador contou que a pesquisa pretende, ainda, determinar o efeito do fármaco sobre a evolução de severidade clínica e a mortalidade, em pacientes hospitalizados com diagnóstico do vírus. Nada fechado, tudo em aberto, como pede qualquer processo científico.