• Home/
  • Notícias/
  • Saúde/
  • Efeitos da pandemia no número de suicídios precisam ser monitorados, diz Fiocruz Amazônia
Saúde

Efeitos da pandemia no número de suicídios precisam ser monitorados, diz Fiocruz Amazônia

Para os cientistas, supervisionar as ocorrências ajuda a adotar estratégias para lidar com a situação

Por Da Redação
Ás

Efeitos da pandemia no número de suicídios precisam ser monitorados, diz Fiocruz Amazônia

Foto: Reprodução/Internet

Apesar do fim da emergência de saúde pública provocada pela COVID-19, os efeitos direitos da pandemia precisam continuar sendo monitorados, no que se referem ao aumento de casos de suicídio. É o que dizem pesquisadores do ILMD/Fiocruz Amazônia (Instituto Leônidas & Maria Deane da Fundação Oswaldo Cruz no Amazonas).

Com base nos dados de mortalidade fornecidos pelo Ministério da Saúde, os pesquisadores Jesem Orellana, epidemiologista, Maximiliano Ponte, psiquiatra da Fiocruz Ceará, e Bernardo Lessa Horta, pesquisador sênior da Fiocruz Amazônia, conduziram uma análise sobre a incidência de suicídios no Brasil durante os períodos mais críticos da pandemia. 

Os resultados revelaram um número de casos maior do que o esperado, considerando as médias históricas, principalmente entre indivíduos com 30 anos ou mais, especialmente entre mulheres nas regiões Norte e Nordeste do país.

O estudo, intitulado "Excesso de Suicídios no Brasil nos Dois Primeiros Anos da Pandemia de Covid-19: Desigualdades de Gênero, Regionais e de Faixas Etárias," foi publicado no International Journal of Social Psychiatry, um periódico respeitado no campo da psiquiatria social.

Para o investigador, supervisionar as ocorrências e identificar as divisões por idade, sexo e localidades são elementos de um conjunto de estratégias para lidar com a situação. "Uma das primeiras etapas consiste em acompanhar de maneira apropriada a situação, visto que o desafio da subnotificação, especialmente em regiões menos desenvolvidas, restringe a eficácia das políticas públicas voltadas para a prevenção, especialmente entre os grupos mais vulneráveis", afirmou em entrevista à Agência Brasil.

Conforme indicado no estudo publicado em uma revista internacional, o elevado número de óbitos por Covid-19 e outros prejuízos materiais e imateriais no Brasil resultou em efeitos devastadores da pandemia que ainda não foram completamente superados.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário