Eleições: após superar 20% em 2018, abstenções serão definidoras para 1° turno
Neste ano, as campanhas para o voto de jovens e de estímulo à participação nas eleições aumentou
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
29,9 milhões de pessoas não foram às urnas votar no ano de 2018. o movimento de abstenção foi tão forte que chegou a 20,33% do eleitorado na primeira etapa da votação e só perdeu para o que ocorreu nas eleições de 1998, quando 21,5% dos eleitores brasileiros se abstiveram da disputa que elegeu Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em primeiro turno.
Neste ano, as campanhas para o voto de jovens e de estímulo à participação nas eleições aumentou. Na balança, não é possível saber qual será o peso de um maior comparecimento do eleitor.
No Brasil, pelos dados das últimas eleições, pessoas com escolaridade baixa, até o ensino fundamental e de menor renda vão menos às urnas. A inversão desse comportamento beneficiaria Lula pelo perfil de seu eleitor.
Entretanto, historicamente, mulheres votam mais do que homens. Ou seja: uma maior participação do público masculino beneficiaria Bolsonaro – uma vez que o presidente tem melhor desempenho nessa fatia do eleitorado.
Abstenção
O menor nível de abstenção histórico do país ocorreu na redemocratização, em 1989, quando 11,93% do eleitorado não votou. Depois disso, os índices aumentaram até chegar ao ápice, em 1998, com o recorde histórico de 21,5%.
Após a saída de Fernando Henrique Cardoso da Presidência e a eleição de Lula, em 2002, os índices começaram a cair. Foram três eleições com percentuais abaixo de 20% até que 2018 voltou a contabilizar índices parecidos com 1998.
A abstenção é diferente dos votos brancos e nulos. É o ato de não ir às urnas. O eleitor se nega a fazer opções políticas. No voto branco ou nulo, a pessoa vai às urnas e prefere não escolher um nome específico.