Eleições: Eduardo Leite afirma que Doria pode desistir de candidatura se for preciso

Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, afirmou nesta terça-feira (29), que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), tem a possibilidade de desistir de sua pré-candidatura à Presidência da República por um nome que "que tenha condições de reunir forças em torno de um projeto". As informações foram passadas durante entrevista do político à GloboNews. Leite optou por continuar no PSDB e desistiu de filiação ao PSD. 

Durante a conversa, Leite retificou que o próprio João Doria disse, em evento no dia 22 de fevereiro, que "nada é maior que seu amor pelo Brasil" e que "se no futuro precisar realizar algum gesto em direção a uma outra candidatura, ele fará".

"Estou pronto para apoiar quem tiver condição [de rivalizar com Bolsonaro e Lula], mas tem muita gente que entende que eu devo liderar um processo como esse", disse o governador do Rio Grande do Sul.

"Percebo que há um sentimento em comum entre todos: viabilizar uma candidatura. As pesquisas mostram que há muita rejeição ao atual e ex-presidente [Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva]", acrescentou.

De acordo com dados divulgados pela DataFolha, na semana passada, Leite pontuou 1% das intenções de voto no cenário em que ele substitui Doria. Quando posto contra Doria, o político marcou 2% das intenções de voto.

Na segunda-feira (28), o governador do Rio Grande do Sul anunciou a renúncia do cargo e disse que estava deixando o governo para respeitar a legislação eleitoral. Leite ainda retificou que "se sente preparado para ser presidente".

"Quero ajudar na união de forças, na formação de grande conjunto de atores políticos que ajudem a apresentar uma alternativa", afirmou Leite. "Se é para participar ativamente, seja como protagonista ou nos bastidores, é difícil fazer isso rivalizando com a atenção que o governo administrativo exige", afirmou.

Sobre as possíveis mudanças antes do período eleitoral, Doria disse que trocar o representante do partido na corrida eleitoral deste ano seria um golpe e ato contra a democracia.

Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, o pré-candidato disse que "as prévias [eleitorais da sigla] valem. Qualquer outro sentimento diferente disso é golpe. Uma tentativa torpe, vil, de corroer a democracia e fragilizar o PSDB". O político ainda requisitou que a decisão do partido seja respeitada.