Eleições municipais de 2020 têm 10 mil milionários concorrentes
Pesquisa aponta uma série de peculiaridades relacionadas às eleições
Foto: Agência Brasil
Um levantamento realizado pela Folha de S. Paulo aponta que as eleições municipais de 2020 registram uma série de peculiaridades em todo o país: São mais de 10 mil concorrentes milionários e 243 que disseram, em entrevista, não ter nem R$1 em bens.
Outros 1.430 candidatos têm a palavra “bar” no nome que aparecerá na urna, 1.468 “farmácia” e dois que acharam uma boa ideia adotar o apelido “cloroquina”. A maioria tem mais de 45 anos e, pela primeira vez na história, se declara preta ou parda. A pesquisa aponta ainda que agricultor e servidor municipal são algumas das ocupações que mais aparecem nos registros enviados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em pelo menos seis cidades, o eleitor terá que decidir entre 16 candidatos, o oposto de 108 cidades que contam apenas com um candidato a prefeito. Em 2020, as eleições municipais contam com mais mulheres candidatas. Por lei, cada partido deve ter ao menos 30% de candidatas nas eleições proporcionais. Elas eram 31% em 2016 e agora somam 34%.
O partido com mais candidatos é o MDB e o que tem menos postulantes é o Partido Comunista Brasileiro. Ainda de acordo com a Folha de S. Paulo, o Rio Grande do Sul é o Estado com mais municípios que apresentam candidatos únicos. O maior colégio eleitoral é a cidade de São Paulo, com 8.986.687 eleitores, enquanto o menor é Araguainha (MT), com 1.0001 eleitores.
No total, o Brasil tem 147.918.483 cidadãos aptos a comparecer às urnas em 15 de novembro, quando ocorrerá a realização do primeiro turno, remarcado de outubro por causa da pandemia. 6,5 milhões são analfabetos, 1 milhão têm menos de 18 anos, 1,1 milhão têm algum tipo de deficiência e 9.985 poderão votar com o nome social.