Eleitorado mais velho prioriza economia, enquanto mais jovem, transportes, diz pesquisa
O estudo foi realizado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj)
Foto: Reprodução/Agência Brasil
Os problemas sociais que deixam os mais velhos (acima de 30 anos) preocupados são a economia, alto custo de vida, saúde e educação. Já os mais novos se interessam em segurança pública e qualidade dos transportes, afirma um estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Os dados foram obtidos por meio de grupos focais realizados em oito capitais do país: Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Belém, São Paulo, Brasília, Fortaleza e Cuiabá. O trabalho faz parte Laboratório de Estudos da Mídia e Esfera Pública (Lemep) do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp).
De acordo com o coordenador da pesquisa, João Feres Júnior, o resultado revela a responsabilidade dos mais velhos diando do sustento de uma casa e uma família. “Já os mais jovens têm a ver com a vivência deles, de circular mais pela cidade, inclusive em horários e locais ermos, por isso, a preocupação com segurança e transporte”, avaliou.
Quando o assunto é o interesse por informação política, é verificado uma igualmente entre os grupos, mas a forma de consumo das notícias varia. O eleitorado mais maduro tem o dobro da preferência por televisão, enquanto os mais jovens optam pela internet.
Ainda segundo a pesquisa, os mais velhos falam mais frequentemente sobre os politicos. Já os mais novos declararam duas vezes mais que só buscam esse tipo de dados na época da eleição e têm poucos detalhes sobre deputados.
O levantamento ainda ressalta que pardos criticaram mais a situação econômica brasileira do que pretos, em especial, sobre desemprego e inflação. Os negros fazem mais relatos ligados à pobreza e fome e ainda se mostraram mais sensíveis a problemas com saúde e educação, diz o estudo. Já os Brancos citaram menos a economia e mais segurança e transporte.
Em relação à representação de negros na política, pretos mais velhos e jovens pardos demonstram maior otimismo com avanços, enquanto brancos revelam desconhecimento e baixa sensibilidade sobre o tema.
