Bahia

Em 2019, esperança de vida ao nascer era de 74,2 anos na Bahia

O aumento na expectativa de vida das pessoas nascidas na Bahia entre 2018 e 2019 foi maior que o estimado na passagem de 2017 para 2018

Por Da Redação
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Em 2019, esperança de vida ao nascer era de 74,2 anos na Bahia

Foto: Reprodução

Uma pessoa nascida na Bahia em 2019 tinha a expectativa de viver, em média, até os 74,2 anos de idade (74 anos, 2 meses e 12 dias). Isso significava 3 meses e 18 dias a mais que aquelas nascidas em 2018, quando a esperança de vida ao nascer, no estado, era de 73,9 anos (73 anos, 10 meses e 24 dias). O aumento na expectativa de vida das pessoas nascidas na Bahia entre 2018 e 2019 foi maior que o estimado na passagem de 2017 para 2018 (2 meses e 12 dias). 

Para os homens baianos, a expectativa de vida ao nascer passou de 69,5 anos em 2018 (69 anos e 6 meses) para 69,7 anos em 2019 (69 anos, 8 meses e 12 dias), com um ganho de pouco mais de 2 meses nesse período (2 meses e 12 dias). Já as mulheres baianas nascidas em 2019 tinham a expectativa de viver em média 78,9 anos (78 anos, 10 meses e 24 dias), também 2 meses e 12 dias a mais que as nascidas em 2018, quando a expectativa de vida era de 78,7 anos

Assim, uma menina nascida em 2019 na Bahia tinha a expectativa de viver pouco mais de 9 anos a mais que um menino nascido no mesmo ano (mais 9 anos, 2 meses e 12 dias).

Apesar dos avanços, a esperança de vida ao nascer na Bahia em 2019 (74,2 anos) continuava menor que a média nacional (76,6 anos) e caiu no ranking nacional, sendo ultrapassada por Tocantins, ficando agora com o 10º menor indicador nessa comparação (por uma questão de arredondamento os dois estados ficam com o mesmo valor da esperança de vida ao nascer).

Em 2019, a maior esperança média de vida ao nascer do país continuava a ser a de Santa Catarina (79,9 anos). O Espírito Santo vinha em segundo lugar (79,1 anos), enquanto São Paulo ficava com a terceira maior (78,9 anos).

Por outro lado, o Maranhão apresentava a menor esperança média de vida do país (71,4 anos), seguido do Piauí (71,6 anos) e de Rondônia (71,9 anos).

Bahia mantém a segunda maior diferença na esperança de vida entre mulheres e homens 

No país como um todo e em todos os estados, as mulheres têm uma esperança de vida ao nascer maior que a dos homens. Isso é reflexo, em grande parte, da maior mortalidade de homens jovens, principalmente por causas não naturais. E há desigualdades regionais marcantes. 

A Bahia se manteve, em 2019, como o segundo estado com a maior diferença na esperança de vida ao nascer entre mulheres e homens (9,2 anos a mais para elas), menor apenas que a verificada em Alagoas (9,5 anos) e maior que a média nacional (7,0 anos).

Todos os estados do Nordeste têm diferenças entre as esperanças de vida ao nascer de mulheres e homens maiores que a do Brasil como um todo. 

No outro extremo, Roraima (com uma vantagem de 5,0 anos a mais para as mulheres), Amapá (5,2 anos) e Minas Gerais (5,7 anos) tinham as menores diferenças por sexo na esperança de vida ao nascer, em 2019.

Na Bahia, uma pessoa com 65 anos, em 2019, tinha a expectativa de viver até os 83, sobrevida das mulheres era quase 4 anos maior que a dos homens

Uma pessoa que tivesse 65 anos de idade na Bahia, em 2019, tinha esperança de viver mais, em média, 18,3 anos (18 anos, 3 meses e 18 dias), chegando aos 83,3 anos (83 anos, 3 meses e 18 dias). 

Esse indicador ficou relativamente próximo à média nacional (de 18,9 anos de sobrevida, chegando a 83,9 anos de idade) e praticamente não variou em relação a 2018, quando era de mais 18,2 anos (18 anos, 2 meses e 12 dias). 

O ganho muito discreto na Bahia de um ano para o outro se deu apenas em relação à longevidade feminina, ampliando levemente a vantagem das mulheres nesse indicador.

Em 2019, um homem de 65 anos no estado tinha a expectativa de viver mais 16,2 anos (16 anos, 2 meses e 12 dias), mesmo número de 2018, o que o faria chegar aos 81,2 anos (81 anos, 2 meses e 12 dias). Já para mulheres de 65 anos, a sobrevida em 2019 era estimada em mais 20,1 anos (20 anos, 1 mês e 6 dias), em um bem discreto avanço frente aos 20,0 anos de 2018. Elas tinham, portanto, a expectativa de chegar aos 85,1 anos (85 anos, 1 mês e 6 dias) - quase 4 anos a mais que os homens.

Em 2019, a maior expectativa de sobrevida das pessoas com 65 anos de idade se manteve no Espírito Santo: mais 20,5 anos no total, sendo mais 18,5 anos para os homens e mais 22,3 anos para as mulheres. No outro extremo, Rondônia apresentou a mais baixa expectativa de vida aos 65 anos (mais 16,2 anos).

Entre 1980 e 2019, a chance de uma pessoa de 60 anos chegar aos 80 na Bahia cresceu 90,8%

A diminuição da mortalidade nas idades mais avançadas fez com que a probabilidade de sobrevivência entre 60 e 80 anos de idade tivesse aumentos consideráveis entre 1980 e 2019, em todos os estados.

Na Bahia a probabilidade de uma pessoa de 60 anos chegar aos 80 aumentou 90,8% nesse período. Em 1980, cerca de 3 em cada 10 idosos (304 a cada mil) viveriam até os 80 anos de idade; em 2019, esse número chegou perto de 6 em cada 10: 580 por mil pessoas de 60 anos ou mais de idade devem viver até os 80. Isso representou uma redução média de 276 mortes por mil idosos, em 29 anos.

Foi um aumento de sobrevida proporcionalmente maior que a média nacional. No Brasil como um todo, a probabilidade de um idoso de 60 anos chegar aos 80 passou de 344 por mil em 1980 para 604 por mil em 2019, crescendo 75,6%, o que representou menos 260 mortes por mil no período.

Em 2019, Espírito Santo (655 por mil), Santa Catarina (651 por mil) e Distrito Federal (651 por mil) tinham as maiores probabilidades de idosos viverem dos 60 aos 80 anos. No outro extremo, Rondônia era o único estado em que nem metade dos idosos tinham essa esperança de sobrevida (496 por mil). Em seguida, vinham Piauí (514 por mil) e Maranhão (515 por mil).

Em todos os estados, a longevidade entre os idosos era maior para as mulheres do que para os homens em 2019, e a Bahia tinha a maior diferença por sexo também nesse indicador. Enquanto 660 em cada mil idosas baianas em 2019 deverão chegar aos 80 anos, 491 em cada mil homens idosos no estado têm a mesma probabilidade, ou seja, 169 a menos, o que dava às mulheres de 60 anos na Bahia uma chance de sobrevida 34,4% maior que a dos homens.

Na Bahia a cada mil crianças nascidas, 15,4 morrem antes de completar 1 ano de idade 

A taxa de mortalidade infantil na Bahia, em 2019, foi estimada em 15,4 por mil, ou seja, para cada mil crianças nascidas vivas, 15,4 morreriam antes de completar 1 ano de vida. 

A probabilidade de um bebê morrer antes de fazer 1 ano no estado (15,4 por mil) manteve-se bem superior à do Brasil (11,9 por mil). O indicador mostra, entretanto, uma tendência progressiva de redução, já que em 2018, era de 16,0 por mil. 

Mesmo com a queda, a Bahia segue tendo o 9º índice mais elevado do país. Em 2019, a menor taxa de mortalidade infantil continuou sendo a do Espírito Santo (7,8 óbitos para cada mil nascidos vivos), e a maior, do Amapá (22,6 por mil). 

As informações são derivadas das Tábuas Completas de Mortalidade de 2019, que apresentam, para o Brasil e os estados, as expectativas de vida às idades exatas até os 80 anos e são usadas como um dos parâmetros do fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.
 

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