Política

Em discurso no Sul, Bolsonaro afirma que Brasil corre risco de "comunização"

Presidente também afirmou que os efeitos da inflação no Brasil são "menores"

Por Da Redação
Ás

Em discurso no Sul, Bolsonaro afirma que Brasil corre risco de "comunização"

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em discurso na 48ª Edição da Expoingá, em Maringá (PR), nesta quarta-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro (PL) citou uma suposta "comunização" do país e afirmou que os efeitos do aumento do preço de combustíveis e alimentos são menores no Brasil. "Apesar de a inflação estar alta no Brasil, bem como a questão dos combustíveis, na nossa terra os efeitos são menores", afirmou.

Segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados mais cedo nesta quarta-feira (11), a inflação oficial no país atingiu 1,06% em abril. O número é o maior para o mês desde 1996.

Bolsonaro voltou a citar a Venezuela no discurso, ressaltando que o país precisa combater um suposto comunismo que ameaça o Brasil pelo "outro lado". "Vocês sabem que pior que uma ameaça externa é uma ameaça interna de comunização do nosso País. Nós não chegaremos à situação que vive atualmente a Venezuela", afirmou no discurso.

"O outro lado quer exatamente o diferente de nós. Nós defendemos a família, somos contra o aborto, favoráveis ao armamento para o cidadão de bem, somos contra a ideologia de gênero, somos pela liberdade da nossa economia. E somos, acima de tudo, pela nossa liberdade de expressão", seguiu. 

No evento, o presidente não comentou sobre a troca feita no Ministério das Minas e Energia, que resultou na demissão de Bento Albuquerque e na nomeação de Adolfo Sachsida.

Na viagem a Maringá, o presidente assinou um contrato de início de obras em um trecho de 13 quilômetros da BR-376, no entorno da cidade. Estiveram presentes também o ministro interino da Infraestrutura, Bruno Eustáquio, e o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros.

Sobre a crise econômica vivida pelo Brasil, Bolsonaro voltou a atribuir a culpa aos governadores e às medidas de lockdown adotadas para impedir o avanço da Covid-19, no início da pandemia. "O que estamos vivendo no momento é fruto de uma política equivocada adotada por muitos governadores na pandemia. Aquela história de fechar tudo", disse.

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