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Em entrevista, advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia do plano de execução contra Lula, Alckmin e Moraes, mas depois recua

Declaração foi feita no "Estúdio I" programa da Globo News

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Em entrevista, advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia do plano de execução contra Lula, Alckmin e Moraes, mas depois recua

Foto: Reprodução/GloboNews | Lula Marques/Agência Brasil

O advogado de Mauro Cid, Cezar Bittencourt, relatou que o ex-ajudante de ordens disse em seu depoimento ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente do plano de execução de Lula, Alckmin e Moraes, mas recua da declaração que foi feita nesta sexta-feira (22), durante entrevista no programa "Estúdio I" da Globo News. Após nove minutos, o advogado volta atrás e disse que não teria falado em "plano de morte".

No decorrer da entrevista, Bittencourt afirma. "Confirma que sabia, sim, na verdade, o presidente de então sabia tudo. Na verdade, comandava essa organização", disse o advogado quando foi perguntado sobre Cid saber que Bolsonaro estava sabendo do plano de golpe de estado.

De acordo com o advogado de defesa, Cid "participou como assessor, verificou os fatos, indicou esses fatos ao seu chefe, que teria toda a liderança. 

Após nove minutos de entrevista, o advogado voltou atrás e relatou que não teria falado em "plano de morte", quando comentou sobre "o presidente sabia de tudo". 

"O presidente, segundo a informação, teria conhecimento dos acontecimentos que estavam se desenvolvendo, isso ele não pode negar, mas não tem nada, além disso. Eu não falei plano de morte, plano de execução, de execução, do plano de morte, falei da execução do plano pensado, imaginado, desenvolvido, nesse sentido.", afirmou Bittencourt.

Ele ainda comentou que o ex-ajudante de ordens era um assessor de reuniões do presidente, mas que não possuía detalhes do que foi falado nestes encontros. "O que ele confirmou foi que as reuniões foram realizadas e com quem foi realizada", afirmou. "[O depoimento] ontem foi apenas o coroamento desses fatos. Agora vem a conclusão e deve ir para a PGR elaborar a denúncia."

Indiciamento de Bolsonaro 

A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quinta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-integrantes do governo por abolição violenta do estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. O indiciamento ocorre no inquérito que investiga uma tentativa de manter Bolsonaro no poder e assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022.

O relatório final, com mais de 800 páginas, foi concluído e será entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria Geral da República (PGR) decidirá se apresentará a denúncia, e a Corte será responsável pelo julgamento. As penas para os crimes variam de 4 a 12 anos de prisão.

Além de Bolsonaro, foram indiciados os generais Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, além de candidato a vice-presidente na chapa derrotada em 2022.

Também foram indiciados o delegado Alexandre Ramagem, ex-presidente da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), e Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro.

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