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Política

Em entrevista, Marco Aurélio diz que mudanças nas forças armadas geram "insegurança jurídica"

Atual decano do STF está com aposentadoria marcada para julho

Por Da Redação
Ás

Em entrevista, Marco Aurélio diz que mudanças nas forças armadas geram "insegurança jurídica"

Foto: Reprodução/InfoMoney

Em entrevista para a Folha de São Paulo, publicada nesta quinta-feira (1º), o atual decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Marco Aurélio, classificou como “ruim” a mudança realizada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Ministério da Defesa e no comando das Forças Armadas. "Forças Armadas não são órgão do governo, são órgão do Estado", ressalta o ministro. 

Para o magistrado, no entanto, apesar da ausência de risco, as substituições geram insegurança. “A repercussão é ruim porque, principalmente considerando o leigo, gera insegurança, insegurança jurídica, e para viver em sociedade nós precisamos de segurança”, afirma Marco Aurélio. 

O ministro, cuja aposentadoria da Corte está marcada para o dia 5 de julho, também declarou que ficou “perplexo” com a mudança de voto da ministra Carmen Lúcia em relação à declaração de parcialidade do ex-juiz Sergio Moro na condução do processo do tríplex envolvendo o ex-presidente Lula (PT).

"É mais um componente para confundir tudo. Por exemplo, não entendi até hoje o voto da ministra Carmen Lúcia, minha colega, no que ela em 2018 acompanhou o relator, ministro Fachin, e agora na última sessão reajustou o voto. Mas ela deve ter tido as razões dela, também não fui pesquisar para saber quais são", disse.

O ministro também defendeu a atuação do ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro e diz que a decisão do ministro Edson Fachin de anular as condenações de Lula “causou uma celeuma brutal”. "Não posso conceber que homem que surgiu como herói nacional mostrando nova vertente quanto ao combate à corrupção de repente se torne vilão e seja execrado. Isso não passa pela minha cabeça.", comentou.

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