Em Haia, Brasil denuncia Israel e diz que ocupação é 'inaceitável e ilegal’
País solicitou que juízes internacionais se manifestassem sobre a situação
Foto: Reprodução/Pixabay
Durante uma audiência na Corte Internacional de Justiça nesta terça-feira (20), em Haia, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) denunciou Israel pela invasão de territórios palestinos. A delegação do Itamaraty destacou que as ocupações e violações por parte de Israel "não podem ser aceitas ou normalizadas pela comunidade internacional", conforme informações da coluna de Jamil Chade, do portal Uol.
Além disso, o governo brasileiro classificou os atos israelenses como "ilegais" e equivalentes a uma "anexação". O Brasil se pronunciou durante as audiências realizadas pela Corte, solicitando que os juízes internacionais se manifestassem sobre a situação palestina em todos os territórios ocupados.
Para o governo brasileiro, é necessário que Haia se pronuncie para que "todos saibam" as implicações das consequências legais dos atos de Israel. O governo também apontou como a gravidade dos atos é "indiscutível".
Relação Brasil x Israel
O presidente Lula (PT) comparou no último domingo (18), às ações militares de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto e ainda classificou as mortes de civis em Gaza como genocídio, criticou países desenvolvidos por reduzirem ou cortarem a ajuda humanitária na região e disse que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.
A declaração do petista gerou reação de Israel que o declarou como 'persona non grata' . No Brasil, a oposição apresentou moções de repúdio após a fala e também gerou um pedido de impeachment, que já reúne mais de 100 assinaturas.
Nesta terça-feira, 20, o chanceler de Israel, Israel Katz voltou a pedir que o presidente se desculpasse pela declaração.