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Em jogão de seis gols, Bahia arranca empate com Bragantino pelo Brasileirão

Aniversariante Gilberto marcou duas vezes e ajudou Tricolor a levar ponto para Salvador

Por Da Redação
Ás

Em jogão de seis gols, Bahia arranca empate com Bragantino pelo Brasileirão

Foto: Bruno Queiroz / EC Bahia

Em um grande jogo com seis gols, o Bahia arrancou empate por 3 a 3 com o Bragantino, em confronto disputado na noite deste sábado (5), no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, válido pela segunda rodada do Brasileirão. Com resultado, Tricolor segue sem vencer o Massa Bruta fora de casa, cai para terceira colocação, com quatro pontos somados, enquanto Bragantino fica com vice-liderança, com mesmos quatro pontos, mas fica a frente por ter menos cartões amarelos.

Um confronto bem equilibrado e com boas oportunidades para ambas as equipes. No começo da partida, o Bragantino foi quem tomou as primeiras ações, pressionando a saída de bola no Bahia, e explorando os espaços defensivos do Tricolor, que mal conseguia passar do meio de campo. Porém, o time baiano, apesar de não criar muito ao longo dos 45 minutos, soube aproveitar as chances que teve para anotar os gols que garantiram a vantagem parcial. Defensivamente deu muito espaço para as transições em velocidade do Massa Bruta, especialmente com Arthur. Resultado em aberto para segunda etapa.

Os times ainda começavam a partida e aqueciam as chuteiras, quando a lei do ex já se fez presente cedo.

Com um minuto e meio de jogo, Lucas Evangelista roubou a bola no campo de defesa do Bahia e passou para Arthur, que avançou em velocidade, cortou para o meio e bateu no canto, Mateus Claus ainda chegou a tocar na bola, mas ela foi parar nas redes. Porém, após consulta ao VAR, foi constatada falta no começo da jogada, com isso, o gol foi anulado.

O confronto até então estava muito mais para o Bragantino do que para o Bahia, mas o Tricolor foi preciso na única oportunidade que teve. Aos 15 minutos, após cobrança de falta mal sucedida, Matheus Bahia levantou a bola na área e achou Gilberto, que mal precisou sair do chão para testar no canto e abrir o placar na partida.

Gibagol realmente estava com fome no jogo. Aos 18 minutos, o atacante roubou a bola no meio campo, se livrou do zagueiro e bateu de fora da área, buscando o canto, estufando as redes de Júlio César, que voou na bola, mas não conseguiu alcançar. Era o segundo do artilheiro e aniversariante do dia.

Descontente com o gol não tendo sido validado logo no começo da partida, Arthur buscou outra chance de abrir o marcador. Aos 21 minutos, após contra-ataque em velocidade, o atacante foi lançado em profundidade e bateu rasteiro, e mesmo sendo uma bola defensável, Mateus Claus aceitou. Agora a lei do ex se fez presente.

Após o Bragantino ter diminuído o placar, o jogo ficou mais bem aberto, com o Bahia explorando as jogadas pelas laterais em profundidade, enquanto o time paulista explorava os contra-ataques. Porém, apesar de ambas as tratativas, o placar não foi novamente modificado.

No retorno para a segunda etapa, o Bahia voltou com uma postura um tanto mais ofensiva. Aos dois minutos de jogo, após descida em velocidade, Gilberto finalizou rasteiro dentro da área, mas parou na boa defesa de Júlio César.

Não ter aproveitado a chance logo cedo cobrou um preço grande para o Bahia no jogo. Aos quatro minutos, Arthur cobrou escanteio fechado para dentro da área, Luan Cândido subiu mais alto que toda defesa do Bahia e testou firme para o fundo das redes de Claus.

Após o gol, a partida ficou mais favorável para o Bragantino, que controlava sem maiores esforços as ações. Ocupando mais o ataque, pressionando a defesa do Bahia, o Massa Bruta estava mais próximo de anotar o terceiro do que o Tricolor, que acuado no campo defensivo, mal passava do meio campo com qualidade.

Melhor na partida não demorou muito para o Bragantino virar o placar. Aos 23 minutos, Cuello recebeu passe da entrada da área, cortou Rossi e bateu colocado no ângulo de Claus, um golaço no Abi Abi Chedid. A vantagem passou para o lado do Massa Bruta.

Era realmente a partida de apenas um time na segunda etapa. Ficou nítido a cada lance mal sucedido a vulnerabilidade e apatia do Bahia na partida. Desde cedo o time já demonstrava uma fragilidade defensiva que se mostrou muito mais presente ao longo dos 45 minutos finais.

Aos 33 minutos, Arthur quase anotou o segundo na partida em bela cobrança de falta que ia no ângulo, mas parou na bela defesa de Mateus Claus, que deu um tapinha jogando a bola para escanteio.

A partida parecia muito mais favorável para o Bragantino, mas mesmo assim, o Bahia conseguiu igualar o marcador em uma desatenção defensiva do time paulista no jogo. Aos 40 minutos, Gilberto avançou ao ataque, prendeu a bola e rolou para chegada de Jonas, que bateu rasteiro, no cantinho de Júlio César, igualando o placar.

Nos minutos finais, o Bragantino ensaiou uma pressão com intenção de tentar voltar a frente do placar, mas não foi bem sucedido, parando na defesa do Bahia. O resultado não foi novamente alterado.

Análise do Bahia na partida

Decepcionante, mas não surpreendente. O Bahia demonstrou claramente uma deficiência defensiva desde os minutos inicias de partida, que só foi se agravando no decorrer do tempo. Inclusive, a vantagem de 2 a 0 construída logo no início fez o time relaxar, achar que a vantagem estava controlada e se expor mais e mais até o time paulista virar o placar e por muito pouco não conseguir sair de campo vitorioso.

Essa partida apenas provou o que é evidente: o time do Bahia para uma Série A é fraco. Ofensivamente é regular e defensivamente é irregular. Com essa falta de equilíbrio, fica difícil criar quaisquer expectativas de uma boa sequência na competição. Este elenco é para brigar contra o rebaixamento e não por vaga para Libertadores. Precisa contratar. 

O gol no fim não pode servir como cortina de fumaça para o que este Bahia tem apresentado em campo. É uma equipe que cria pouco, se expõe frequentemente na defesa e que tem como única e exclusiva qualidade a capacidade de aproveitar as poucas chances criadas. É pouco, e pra uma Série A o nível carece de mais repertório, algo que o Tricolor não apresentou até agora.

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