Em liberdade, Lula ainda terá que responder na Justiça por outras acusações
Ex-presidente ainda responderá outros seis casos, na primeira e segunda instância
Foto: Agência Brasil
Apesar de ter sido solto nesta sexta-feira (8), o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva ainda não está impune das acusações do Triplex de Guarujá, em São Paulo e outros casos.
Lula foi condenado em duas instancias pelo caso, mas ainda terá que responder outras acusações, tanto de primeira quanto de segunda instância, na Justiça Federal e também no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Além disso, a defesa do ex-presidente petista levantou um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o órgão suspenda o ex-juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública.
Dos casos que Lula ainda terá que responder a justiça, estão: o triplex do Guarujá, sítio de Atibaia, quadrilhão do PT, Tráfico de influência I e II e Terreno e apartamento, os três últimos de primeira instância.
Lula foi condenado em 2017 por recebimento de propina da da OAS, que supostamente teria dado o apartamento triplex no litoral de Guarujá, São Paulo. Lula foi preso em abril de 2018 pelo caso, e liberado nesta sexta, após um ano e sete meses de prisão.
Já a segunda acusação de Lula, foi o Sítio de Atibaia. O caso é parecido com o anterior, Lula teria aceito propina das empreiteiras da OAS e Odebrecht para reformar o espaço.
O dinheiro utilizado nas obras seriam de propina decorrente de contratos da Petrobras, no valor de R$ 1 milhão. Em fevereiro deste ano a 13ª Vara Federal de Curitiba condenou a lula uma pena de 12 anos e 11 meses pelo caso, que atualmente aguarda em recurso.
A defesa de Lula alega que os delatores do caso foram ouvidos após os delatados, o que contraria entendimento recente do STF.
No caso do "Quadrilhão do PT", Lula estaria juntamente a Dilma Rouseff e outros membros do Partido dos Trabalhadores (PT) agindo como uma organização criminosa por lavagem de dinheiro e recebimento de propina.
Já nos casos de primeira instancia Lula terá que responder a ação do qual acusa o mesmo de tráfico de influência para: beneficiar a Odebrecht em contratos de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e na compra de caças suecos da Gripen NG pela Força Aérea Brasileira.
Além disso, Lula teria aceitado propina para aprovar a Medida Provisória nº 471 de 2009, que beneficiava o setor automotivo prorrogando incentivos fiscais para montadoras. Lula também está sendo investigado por ter aceito mais propina da Odebrecht: um terreno e um apartamento em São Bernado do Campo, em São Paulo.
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