Em nota, Bolsonaro diz que "jamais se apropriou ou desviou quaisquer bens públicos"
PF já havia solicitado quebra de sigilo bancário e fiscal do ex-presidente
Foto: Alan Santos/PR
Em nota divulgada na noite desta sexta-feira (11), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que o ex-presidente "jamais se apropriou ou desviou quaisquer bens públicos".
No começo da manhã, a Polícia Federal deflagrou a operação para realizar busca e apreensões em endereço do ex-ajudante de Bolsonaro, Mauro Cid. Buscas também foram realizadas no endereço do pai de Cid, general Mauro Lourena Cid.
Segundo a PF, é investigado se o entorno do presidente negociou joias recebidas por ele como presentes para a Presidência, quando Bolsonaro ainda ocupa o cargo no executivo. De acordo com as regras, presentes recebidos pelo presidente precisam ser incorporados ao patrimônio do Estado, e não podem ser vendidos e nem apropriados ao patrimônio particular. A PF solicitou nesta noite, a quebra de sigilo bancário e fiscal de Bolsonaro como parte da investigação.
De acordo com as investigações as transações ultrapassaram R$ 1 milhão.
Também por meio da nota, a defesa do ex-presidente destaca que solicitou em março que os itens permanecessem no Tribunal de Contas da União (TCU) até a Corte decidir o que deveria ser feito com as joias. A decisão da defesa aconteceu após a existência dos presentes ter vindo a público.
"Sobre os fatos ventilados na data de hoje [sexta] nos veículos de imprensa nacional, a defesa do presidente Jair Bolsonaro voluntariamente e sem que houvesse sido instada, peticionou junto ao TCU — ainda em meados de março —, requerendo o depósito dos itens naquela Corte, até final decisão sobre seu tratamento, o que de fato foi feito", destacaram os advogados