Em reunião com ministros, Lula afirma que indígenas são 'questão de estado'
Presidente ressaltou que pretende usar “todo o poder que a máquina pública pode ter” para garantir os direitos dessas populações
Foto: Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (9), que a questão dos Yanomami, e dos indígenas em geral, será tratada como “questão de Estado” e que pretende usar “todo o poder que a máquina pública pode ter” para garantir os direitos dessas populações. A declaração foi dada durante reunião com ministros do Palácio do Planalto para tratar da crise humanitária na Terra Indígena Yanomami, agravada pela pandemia e que ainda não teve solução definitiva.
“Esta reunião aqui é para definir, de uma vez por todas, o que o nosso governo vai fazer para evitar que os indígenas brasileiros continuem sendo vítimas de massacres, de vandalismo, da garimpagem, e das pessoas que querem invadir as áreas que estão preservadas e que têm dono, que são os indígenas, e que não podem ser utilizadas.” disse o presidente.
“Porque não é possível que a gente possa perder uma guerra para garimpo ilegal. Que a gente possa perder uma guerra para madeireiro legal. Perder uma guerra para pessoas que estão fazendo coisas contra o que a lei determina.” Completou.
A quase um ano, o governo decretou emergência de saúde pública no território Yanomami, no dia 20 de janeiro de 2023.
No mês de dezembro, o presidente já tinha se reunido com ministros de pastas relacionadas ao tema para discutir medidas adicionais. Naquele momento, o presidente determinou a intensificação das ações de proteção ao povo indígena Yanomami e de combate ao garimpo ilegal na região.
Localizado nos estados de Roraima e Amazonas, o território é alvo de garimpo ilegal, que acarreta diversas mazelas para os habitantes.
Segundo o governo, em 2023 foi criado um centro de operações de emergências em saúde pública na região. Foram realizados mais de 13 mil atendimentos de saúde e enviados 4,3 milhões de unidades de medicamentos e insumos.