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Em sermão no dia Nossa Senhora Aparecida, arcebispo diz que é preciso combater o "dragão do ódio"

Dom Orlando comentou também a importância de exercer a cidadania por meio do voto

Por Da Redação
Ás

Em sermão no dia Nossa Senhora Aparecida, arcebispo diz que é preciso combater o "dragão do ódio"

Foto: Reprodução

O arcebispo da Arquidiocese, Dom Orlando Brandes, disse durante a missa de celebração do dia de Nossa Senhora Aparecida, na quinta (12), no Santuário de Aparecida, que é preciso combater o "dragão do ódio", da mentira, do desemprego, da fome e da incredulidade. A declaração do arcebispo acontece no dia em que Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, visita o Santuário. 

“Maria venceu o dragão. Temos muitos dragões que ela vai vencer. O dragão, que é o tentador. O dragão, que já foi vencido, a pandemia, mas temos o dragão do ódio, que faz tanto mal, e o dragão da mentira. E a mentira não é de Deus, é do maligno. E o dragão do desemprego, o dragão da fome, o dragão da incredulidade. Com Maria, vamos vencer o mal e vamos dar prioridade ao bem, à verdade e à justiça, que o povo merece, porque tem fé e ama Nossa Senhora Aparecida”.

Ainda durante o sermão, Dom Orlando comentou a importância de exercer a cidadania através do voto.“Inscrever-se no Império, dar cidadania a Jesus. A sagrada família vivendo a cidadania, que nós vamos vivendo também votando, que é necessário exercer esse direito e poder do povo a exemplo de Maria e José em Belém se alistando no recenseamento do próprio Império”.

Ano passado, durante pregação também no dia da padroeira, quando Bolsonaro visitou o local, Dom Orlando criticou a política armamentista do governo.

"Para ser pátria amada não pode ser pátria armada", afirmou na ocasião o arcebispo. "Para ser pátria amada, seja uma pátria sem ódio. Para ser pátria amada, uma república sem mentira e sem fake news", disse, sem nunca citar o presidente, que chegaria ao santuário nas próximas horas. "Pátria amada sem corrupção." Em 2020, Brandes já havia condenado o aumento das queimadas na Amazônia e no Pantanal. Um ano antes, criticou em sermão o "dragão do tradicionalismo" e disse que a "direita é violenta e injusta".

A Arquidiocese de Aparecida chegou a divulgar uma nota esclarecendo as menções ao Santuário na agenda de campanha do presidente. "Assim como em outros anos, o Santuário recebe a visita e se programa para acolher o Chefe de Estado, buscando também garantir a rotina de visita dos romeiros", diz o comunicado assinado pelo Arcebispo Dom Orlando Brandes.

A nota esclarece a participação de Bolsonaro em um terço promovido por católicos conservadores, que não têm relação com a Arquidiocese: "Posteriormente, chegou ao conhecimento do Santuário Nacional que também consta na agenda do Presidente a participação em um Terço que será rezado na cidade de Aparecida. Assim, é importante reforçar que essa atividade não é organizada pelo Santuário Nacional, tampouco tem anuência do Arcebispo de Aparecida. É relevante também frisar que, embora tenha sido programada para acontecer no mesmo horário da Consagração a Nossa Senhora Aparecida, que há 65 anos tradicionalmente é rezada nesse horário, a iniciativa é de um grupo independente, que não tem qualquer relação com o Santuário Nacional e sua programação oficial para este dia."
 

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