Empresa de segurança de ex-PM do Bope preso movimentou R$ 5 milhões em um ano
Investigações apontam que Ronny Pessanha recebia ordens do tráfico e treinava criminosos

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As investigações da Polícia Civil indicam que a empresa de segurança de Ronny Pessanha de Oliveira, ex-policial militar do Bope preso nesta segunda-feira (24), movimentou pelo menos R$ 5 milhões. Os valores passaram pelos sócios: o próprio ex-PM e a mãe dele, Elaine da Silva Pessanha, que é considerada foragida.
O dinheiro foi obtido por meio da exploração de serviços como cobrança de taxas de segurança e expulsão de moradores de condomínios na Muzema, no Rio de Janeiro, para a apropriação dos imóveis.
Ainda de acordo com a polícia, a empresa de Ronny recebeu diversos depósitos em espécie. Agora, com a prisão do ex-PM, a polícia busca identificar o montante total envolvido no esquema de lavagem de dinheiro.
“Ele mantinha uma empresa de fachada, sem funcionários cadastrados ou qualquer divulgação de serviços. Identificamos depósitos suspeitos, totalizando quase R$ 600 mil em apenas dois meses. Esse dinheiro era ilícito e passava pela conta da empresa para simular a prestação de serviços e mascarar sua origem”, explicou o delegado Jefferson Ferreira, titular da Delegacia de Roubos e Furtos.
A polícia identificou pessoas que recebiam valores da empresa em áreas próximas à Muzema, no Vidigal, na Cruzada São Sebastião e no Complexo da Penha.
Tráfico de drogas
As investigações apontam ainda que Ronny recebia ordens do tráfico e treinava criminosos para enfrentar facções rivais e a polícia. O ex-policial já foi preso em 2024 por suspeita de envolvimento com milicianos em Rio das Pedras.
Ronny foi lotado no 9º BPM (Rocha Miranda), no Bope e também no 41º BPM (Irajá), até ser expulso da corporação, em setembro de 2023.