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Empresa 'maquiou' carne estragada em enchente do RS e vendeu como produto nobre do Uruguai, aponta polícia

A Tem Di Tudo Salvados arrematou 800 toneladas da proteína alegando que faria ração animal

Por Da Redação
Ás

Empresa 'maquiou' carne estragada em enchente do RS e vendeu como produto nobre do Uruguai, aponta polícia

Foto: Reprodução/TV Globo

As toneladas de carnes bovinas estragadas que ficaram submersas durante a enchente do Rio Grande do Sul, em 2024, teriam sido vendidas pela empresa Tem Di Tudo Salvados como se fossem nobres e vindas do Uruguai.

As investigações da Polícia Civil apontam que a empresa, que é de Três Rios, no Rio de Janeiro, comprou as 800 toneladas em um frigorífico de Porto Alegre com o argumento de transformar o material estragado em ração para animais.

No entanto, as carnes teriam sido lavadas para retirar os resíduos de lama e colocada nas caixas que simulam uma marca uruguaia. Até o momento, quatro pessoas foram presas pelo crime. 

Os produtos começaram a ser investigados depois que a empresa que realizou a venda procurou a polícia para dizer que notou ter comprado a carne estragada de volta como se estivesse boa e própria para consumo humano.

A polícia afirma que a revenda do produto teve alcance nacional. O caso que deu início às apurações aconteceu em um frigorífico de Nova Iguaçu, que por sua vez revendeu para empresas de Minas Gerais. A carne acabou sendo oferecida de volta para o produtor de Canoas, onde tinha ficado meses debaixo d'água.

Segundo o delegado Wellington Vieira, a Tem Di Tudo lucrou cerca de 1.000% com o esquema. “A carne boa estava avaliada em torno de R$ 5 milhões, mas a empresa comprou as 800 toneladas estragadas por R$ 80 mil”.

Agora, a polícia tenta localizar as outras empresas que compraram a carne sem saber que era um produto impróprio. O rastreio está sendo feito através de notas fiscais apreendidas no frigorífico para encontrar possíveis compradores do material.

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