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Saúde

Especial Dia das Mães: Métodos de baixa complexidade têm ajudado mulheres a realizarem o sonho da maternidade

Aos 20 anos de idade, Cristiane das Virgens ouviu pela primeira vez que era infértil; Hoje, aos 34 anos, vive feliz com seu filho de 7

Por Da Redação
Ás

Especial Dia das Mães: Métodos de baixa complexidade têm ajudado mulheres a realizarem o sonho da maternidade

Foto: Arquivo Pessoal

Gerar uma vida é um dos fenômenos mais incríveis da vida. O sonho de muitas pessoas, que acabam sendo impossibilitados de realizar por infortúnios da vida. Algo que quase aconteceu com a baiana Cristiane das Virgens, que ouviu pela primeira vez aos 20 anos de idade que era infértil.

Depois de uma longa trajetória tentando engravidar e recebendo o mesmo diagnóstico, hoje, aos 34 anos, ela vive feliz com seu filho, o pequeno Uiles, de 7 anos. Em entrevista para o Farol da Bahia, no especial de Dia das Mães, ela conta como saiu de infértil para mãe.

“Eu menstruei pela primeira vez aos 14 anos. Foi meu primeiro ciclo, mas depois não menstruei mais. Eu sempre quis ter um filho quando estivesse casada. Casei aos 20 anos, e aí veio o desejo, chegou a hora da gente tentar. Tentamos, mas como eu não menstruava, não pude engravidar”, contou.

Diante da dificuldade, ela e seu companheiro passaram a buscar especialistas. Cristiane passou por vários ginecologistas e o diagnóstico batia sempre na mesma tecla: infertilidade. “Passei por vários médicos sem nenhum retorno de vitória. Sempre diziam que eu não podia ter filhos, porque meu útero é infantil, muito pequeno, e não podia engravidar. Fiquei muito, muito triste mesmo”, relata Cristiane.

Após passar por diferentes especialistas e ter sempre o mesmo resultado, a baiana quase desistiu do sonho de engravidar. “Até que meu esposo viu passando no jornal, bem cedinho, uma reportagem sobre uma clínica particular que estava fazendo ação solidária. Fui lá, consegui me escrever. Fui lá, bem recebida pelo médico e toda equipe, fiz exames, meu esposo também”, afirma.

A clínica citada por ela foi a Insemina, que tem por objetivo oferecer aconselhamento reprodutivo gratuito para casais inférteis. Segundo especialistas da Insemina, mais da metade dos problemas de infertilidade podem ser revertidos com medidas consideradas simples ou tratamentos de baixa complexidade. Como foi o caso de Cristiane.

“Em uma ressonância magnética, o médico detectou que tinha um tumor na hipófise. Passou mais exames de laboratório, que indicou prolactina alta. Ele passou o remédio adequado para tomar. Após um ano, eu fiquei grávida. E aí chegou a felicidade”, comemora.

Foto: Arquivo Pessoal

Cristiane contou ao Farol da Bahia que foi difícil acreditar na gravidez de imediato, porque já havia sofrido demais com expectativas frustradas. “Sinceramente, não acreditei naquele momento. Era uma coisa já de seis anos de luta. Foram seis anos a espera para conseguir fazer um tratamento, ter um filho, a gente já estava quase desanimando, mas a fé era muito grande. Continuamos na luta. Nos exames de retorno, o médico foi fazer uma ultrasson e viu que eu estava grávida. Contei de imediato para meu esposo. Ficamos em choque, custamos a acreditar, foi inesperado, mas muito bom. Hoje a vida com meu filho é sensacional. Uma criança que nasceu super saudável e é o que preenche nossas vidas. Ele que nos traz alegria”, afirma ela, que é natural de Jequié e vive com a família em Salvador, onde nasceu Uiles.

Consultas e aconselhamento reprodutivo gratuito

Diante da proximidade do Dia das Mães, a Insemina está realizando mais uma ação de consulta e aconselhamento reprodutivo, visando ajudar casais inférteis que não têm acesso aos especialistas em reprodução humana, orientando sobre medidas que podem aumentar as chances de uma gravidez natural. 

Para muitas mulheres que não conseguem engravidar espontaneamente, o Dia das Mães pode reforçar sentimentos de angústia, tristeza e frustração. Segundo estimativa da OMS (Organização Mundial de Saúde), a infertilidade atinge cerca de 8 milhões de brasileiros. O atendimento, dentro do limite de vagas, será realizado mediante agendamento prévio pelo telefone (71) 3012-3010. 

As consultas serão realizadas nas quintas-feiras do mês de maio, das 8h às 12h e das 13h às 17h, na sede da clínica, no Comércio (Rua Miguel Calmon, nº 40, Edifício Conde dos Arcos, salas 102 e 103), em Salvador. 

Infertilidade é considerado problema de saúde pública

Para entender um pouco mais sobre o tema, o Farol da Bahia conversou com Valentina Cotrim, especialista em Reprodução Humana. Reforçando que atualmente infertilidade é considerado um problema de saúde pública, ela conta que esse é o diagnóstico recebido por 15% dos casais em idade fértil.

“Isso acontece devido a um aumento da média de idade em que esses casais iniciam  as tentativas e também associado a um estilo de vida mais estressante, exposição a uma alimentação mais industrializada, aumento na incidência de obesidade e até mesmo fatores como poluição ambiental parecem estar envolvidos na crescente taxa de casais com dificuldades reprodutivas. Algumas pessoas têm uma crença equivocada de que com os avanços na área é possível engravidar com óvulos próprios em qualquer idade. Mas aos poucos está havendo uma maior conscientização sobre a idade ideal para engravidar, antes dos 35 anos e sobre doenças, a exemplo da endometriose”, afirma.

De acordo com ela, as principais causas de infertilidade estão relacionadas ao fator masculino (baixa reprodução de espermatozóides ou alteração de sua motilidade), responsável por até 35% das causas. Outros fatores são problemas nas trompas associados a doenças sexualmente transmissíveis e a endometriose. "Há também o fator ovulatório, sendo a síndrome dos ovários policísticos a principal patologia relacionada a esse fator e os fatores relacionados ao útero como é o caso dos miomas”, explica Valentina Cotrim.

Ela reforça que é fundamental que seja realizado um planejamento reprodutivo anos antes das tentativas de engravidar, para que possíveis doenças possam ser identificadas e tratadas. “A visão preventiva para manter a saúde reprodutiva é fundamental.  Os cuidados com a fertilidade e a saúde em geral devem começar muito cedo de forma preventiva.  Cuidados com alimentação, atividade física. Consulta com especialistas após 1 ano de tentativa sem sucesso em qualquer idade. Após os 35 anos buscar orientação após 6 meses e após os 40 buscar ajuda no momento que decidir engravidar”, aconselha.

“Alguns casos de infertilidade podem ser resolvidos com drogas para estímulo da ovulação, correção de uma alteração na tireoide ou de um hormônio chamado prolactina. Pacientes jovens com casos mais leves podem ser tratados com inseminação, porém uma boa parte dos casais que buscam a clínica por terem idade mais avançada ou condições específicas necessitam realizar Fertilização In Vitro”, conclui a especialista em Reprodução Humana.

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