Estudo afirma que correção da tabela do IR isentaria quase 29,1 milhões de contribuintes
Governo tem trabalhado com expectativa de discutir reforma mais ampla do Imposto de Renda em 2024
Foto: Agência Brasil
Um estudo do Sindicato dos Auditores da Receita Federal (Sindifisco), divulgado na última sexta-feira (12), aponta que, se a tabela do imposto de renda fosse corrigida, considerando o acumulado da inflação desde 1996, cerca de 29,1 milhões de contribuintes estariam isentos.
O Sindicato mostra uma defasagem na tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) no Brasil, que chegou a 149,56% pelos cálculos da entidade.
Para fazer o cálculo, o Sindicato levou em consideração a inflação do ano passado, que foi de 4,62%, de acordo com IBGE.
Faixa de isenção
O governo ampliou a faixa de isenção para quem ganha até dois salários mínimos, mas manteve sem correção as demais faixas. Na prática, o modelo faz com que mais pessoas paguem o imposto de renda.
O limite de isenção agora é para quem ganha até R$ 2.112,00. Se o governo tivesse corrigido integralmente o limite de isenção, só passaria a pagar imposto de renda quem recebe mais de R$ 4.899,69, segundo a projeção da entidade.