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Estudo aponta que negros recebem 17% menos que brancos da mesma origem social

Resultado foi publicado em revista cientifica do Rio de Janeiro

Por Da Redação
Ás

Estudo aponta que negros recebem 17% menos que brancos da mesma origem social

Foto: Reprodução/Agência Brasil

Um trabalhador negro ganha cerca de 17% a menos do que um branco, mesmo que ambos tenham origens sociais semelhantes. A conclusão é de um estudo do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) juntamente com a Rede ODSAL (Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina), publicado na revista científica Dados, do Rio de Janeiro. Em 2019, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou uma pesquisa que apontou que brancos ganham 68% a mais do que os negros.   

O que o estudo da PUCRS mostra é como as origens sociais também impactam nos ganhos. Com base nos dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios) de 2014, o grupo de pesquisadores projetou estimativas de renda para trabalhadores pretos e brancos que tenham origens sociais parecidas. Para a pesquisa, foram usados os dados de pessoas com idades entre 20 a 64 anos e que estavam inseridas no mercado de trabalho.

A projeção resultou em uma diferença de 17% nos rendimentos de um indivíduo negro com as mesmas origens sociais do que um trabalhador branco. E isso vale tanto para o grupo social de perfil branco quanto para o grupo de perfil negro. "Se você pega dois indivíduos com a mesmíssima origem social, com as famílias de origem exatamente iguais, um negro e outro branco, lá na ponta os negros vão sentir uma desvantagem pura e simplesmente pelo fato de serem negros", afirma o coordenador da pesquisa, André Salata.

Na análise do pesquisador, a desigualdade racial é estrutural, e não se modifica rapidamente, já que está ligada à desigualdade social. É isso que explica a dificuldade dos cidadãos negros de migrarem socialmente, mesmo que tenham contextos semelhantes aos brancos. "O efeito raça, em si, parece bastante estrutural. Até tem indicações que poderia estar caindo, mas se existe, ela (a queda) é lenta", observa. 

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