Estudo aponta relação entre duração do sono e chances de ter diabete
Pesquisadores sul-coreanos acompanharam quase 9 mil pessoas por 14 anos
Foto: Reprodução/Pixabay
Um estudo sul-coreano afirma que pessoas que dormem menos de seis horas ou mais de seis horas, além daqueles que têm um sono de má qualidade, correm um risco maior de desenvolver diabetes tipo 2 , também conhecida como diabetes mellitus. Os resultados, apresentados nesta semana na reunião anual da Endocrine Society, mostram uma relação direta entre a duração do sono e as chances de ter diabetes com o passar dos anos.
No estudo, os pesquisadores acompanharam, durante 14 anos, quase 9.000 pessoas. Dos 8.816 participantes, 1.630 (18%) tiveram uma doença. Entre aqueles que dormem mais de dez horas por dia, os pesquisadores identificaram uma diminuição de um marcador da função secretora de insulina, hormônios essenciais para o controle do açúcar no sangue.
Para os indivíduos que dormem menos de dez horas por dia, os cientistas aplicaram a Escala de Sonolência de Epworth (ESS, na sigla em inglês), como forma de avaliar a qualidade do sono. “Mesmo que a duração do sono seja inferior a dez horas, a probabilidade de desenvolver diabetes é maior quando a qualidade do sono diminui”, disse um dos autores do trabalho, o professor Wonjin Kim, da Universidade CHA, e médico do Gangnam Medical Center, em Seul.