Estudo diz que preço dos alimentos cresceu por fatores internos do Brasil e sugere ajuda a pobres
Com a alta do dólar e fatores climáticos em 2024, alimentos ficaram 7,7% mais caros no país
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Foto: Ricardo Stuckert/PR
Um estudo do Centro de Liderança Pública (CLP), uma organização suprapartidária que busca soluções para os problemas urgentes do país, aponta que os "fatores internos" foram os principais responsáveis pelo aumento dos preços dos alimentos no ano passado.
Entre esses fatores, se destacam a alta do dólar, impulsionada pela ascensão de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, e as incertezas sobre as contas públicas. Também houve o impacto de fatores climáticos, como as chuvas no sul, seguidas pela seca e queimadas no segundo semestre.
Segundo o levantamento, o dólar elevado pressiona os preços dos alimentos porque esses produtos são cotados em moeda norte-americana. Já os fatores climáticos adversos reduzem a oferta, encarecendo os produtos.
Com a combinação desses elementos, os alimentos ficaram 7,7% mais caros no ano passado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para mitigar a alta dos preços para os mais pobres, o estudo sugere fortalecer os instrumentos de proteção social por meio de transferências de renda direcionadas aos grupos mais vulneráveis.
Os pesquisadores alertam que essa medida deve ser tomada com cautela fiscal, ou seja, sem prejudicar o equilíbrio das contas públicas, pois isso poderia pressionar ainda mais o dólar, como ocorreu no fim do ano passado.