'Eu não sou um estranho no Senado', diz Dino ao afirmar que deixará lado político, se aprovado na sabatina do CCJ
Ministro da Justiça foi indicado pelo presidente Lula ao STF

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Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a cadeira do Supremo Tribunal Federal (STF), que será deixada após aposentadoria de Rosa Weber, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSD) afirmou, nesta quarta-feira (29), que não é um estranho no Senado e que a partir do momento que vestir uma toga, deixará de ter lado político.
Segundo o ministro, caso seja aprovado pelo Senado, vai olhar para o país e não se um se o governo é de oposição ou não.
"Eu não sou um estranho no Senado e na política. [...] eu visito os senadores há algumas décadas, desde que fui eleito deputado federal em 2007. Aliás, muitos senadores e senadoras foram meus colegas na Câmara, além do Senado. Essa dedicação é muito tranquila", disse em entrevista coletiva.
Além de Dino para o STF, Lula também indicou Paulo Gonet, para a Procuradoria-Geral da República (PGR). As sabatinas dos dois estão marcadas para o dia 13 de dezembro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
"Ao vestir uma toga, deixa de ter lado político. Eu não olho se é governo, se é oposição, partido A, B ou C. Eu olho para o país, para a instituição. Um ministro do Supremo não tem partido, não tem ideologia e nem lado político. No momento que o presidente da República faz a indicação, eu mudo a roupa que eu visto. E essa roupa hoje em busca desse apoio do Senado e a roupa que se, eu merecer a aprovação, vai ser a que eu vestirei sempre. Independe de governo de oposição", acrescentou.