EUA exigirão acesso público a redes sociais de solicitantes de visto estudantil
Nova diretriz da embaixada no Brasil prevê análise minuciosa dos perfis

Foto: Manu Ros/Harvard Harvard
A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil anunciou nesta quarta-feira (25) que passará a monitorar perfis de redes sociais de estrangeiros que solicitarem vistos de estudante dos tipos F, M e J. A nova diretriz determina que os perfis estejam com as configurações de privacidade ajustadas para o modo público, como condição para a análise do pedido.
A medida integra um conjunto de ações do governo Donald Trump voltadas ao reforço das políticas de segurança na entrada de estrangeiros. Segundo comunicado da embaixada, a checagem será “abrangente e minuciosa”, com o objetivo de identificar publicações consideradas hostis aos Estados Unidos, ao governo, à cultura ou às instituições do país.
A exigência se aplica a três categorias específicas de visto:
F: para estudantes de instituições acadêmicas, como universidades e faculdades;
M: voltado a estudantes de instituições vocacionais ou não acadêmicas;
J: destinado a participantes de programas de intercâmbio educacional e cultural, como professores, pesquisadores e estagiários.
De acordo com o Departamento de Estado dos EUA, a medida busca avaliar se o solicitante representa algum risco à segurança nacional. “Obter um visto para os EUA é um privilégio, não um direito”, afirmou a embaixada no comunicado.
A exigência foi incorporada como parte do processo de retomada da emissão de vistos estudantis, suspensa em maio. A reabertura do agendamento de entrevistas nos consulados deve ocorrer em breve.
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