Cultura

Eventos adiados ou cancelados causam prejuízo de R$ 90 milhões

Lives e shows drive-in não foram suficientes para tirar empesas do vermelho

Por Da Redação
Ás

Eventos adiados ou cancelados causam prejuízo de R$ 90 milhões

Foto: Divulgação

Com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), mais de 350 mil eventos, entre shows, congressos, rodeios, teatro e outros, deixaram de ser realizados em 2020, por ter sido adiados ou cancelados, o que fez com que o setor deixasse de faturar ao menos R$ 90 milhões.  

Os dados são da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), que ainda aponta que 97 em cada 100 empresas não estão mais ativas no mercado do entretenimento. 

"No nosso caso, o setor está parado por obrigação. Não é que a gente não tem cliente, não é que teve uma mudança tecnológica que afastou as pessoas do entretenimento. O fato é que o setor está proibido de trabalhar", afirma o presidente da Abrape, Doreni Caramori Júnior.  

O setor do entretenimento está parado há mais de um ano e, de acordo com a diretora da Sonar Cultural Consultoria, Dani Ribas, na primeira semana de quarentena 81,2% das empresas adiaram seus eventos e 77,4% optaram por cancelar. Esse levantamento foi feito com 536 empresas.  

"Essas 536 empresas relataram que, naquela semana, foram afetados mais de 8 mil eventos, somando um público diretamente afetado de mais de 8 milhões de pessoas. E um prejuízo estimado, naquele momento, de R$ 483 milhões de reais", conta. 

Ribas ainda explica que os eventos em lives, shows drive-in e outras iniciativas, não ajudou que as empresas diminuíssem seus prejuízos. "Não fechou o caixa dessas empresas, que já estão no vermelho há bastante tempo."

A Abrape realizou uma pesquisa com o público para avaliar o grau de disposição do consumidor em ir a eventos na pandemia. Segundo o presidente Doremi: 

- Em julho de 2020, o percentual era de 25% de pessoas dispostas a ir a eventos;
- Em janeiro de 2021, o número chegou a 58%.

"Não tem como ignorar 58% das pessoas. Elas vão a um evento, você legalizando e regularizando ou não. E isso é a realidade", afirma.

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