Ex-funcionário de Flávio Bolsonaro afirma casos de 'rachadinhas', segundo site
Supostos atos teriam sido cometidos por Ana Cristina Valle e os dois primeiros filhos do presidente
Foto: Reprodução/Metrópoles
Segundo matéria divulgada pelo jornal Metrópoles, na noite desta quinta-feira (02), um ex-empregado da família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou ter testemunhado a prática de uma série de crimes por parte da ex-mulher do chefe do Executivo, Ana Cristina Valle, e dos dois primeiros filhos, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos).
O ex-empregado, Marcelo Luiz Nogueira dos Santos, que diz ter pedido demissão após não receber o salário exigido, afirma que quando Ana Cristina ainda era casada com Bolsonaro, precedeu Fabrício Queiroz - preso por atuar em esquema de "rachadinhas" - e era a encarregada de recolher o dinheiro desviado "não só no gabinete de Flávio, mas também no de Carlos", aponta o portal.
Além disso, Marcelo Luiz acusa a ex-mulher do presidente de ter construído todo o patrimônio "usando uma série de laranjas", inclusive afirmando que a casa que ela habita hoje com o filho, Jair Renan, foi comprada por meio de dois falsos proprietários, e não é alugada como ela aponta.
O ex-funcionário afirma que mensalmente "sacava 80% de seu salário e entregava o dinheiro em espécie nas mãos da advogada." E afirma que todos os assessores de Flávio, bem como os de Carlos, faziam o mesmo.
Em 2014, após a advogada voltar a residir em Brasília, Marcelo Luiz foi chamado novamente para trabalhar com ela, e afirma que passou a receber menos do que o combinado e foi mantido em condições "análogas à de uma pessoa escravizada".
“Falei para ela: ‘Cristina, não sou obrigado a morar na sua casa. Trabalho para ter meu canto e em Brasília tudo é caro. Você pensa que vou ficar na sua casa e ser seu escravo? A escravidão já acabou. Você é racista. Isso é racismo. Você me tirou lá do Rio só porque em Brasília eu não tenho ninguém e não conheço nada? Acha que vou aceitar o que quer fazer comigo?'”, contou o ex-empregado ao Metrópoles.
Ao Metrópoles, a defesa de Flávio Bolsonaro afirmou que o parlamentar desconhece as afirmações de Marcelo Luiz Nogueira dos Santos. Além de afirmar não saber sobre as supostas irregularidades que possam ter sido praticadas por ex-servidores da Alerj ou possíveis acertos financeiros que eventualmente tenham sido firmados entre esses profissionais. Os demais não se pronunciaram sobre as acusações.