Ex-governadores e viúvas alegam 'vulnerabilidade social' para pedir pensão de até R$ 31 mil
Políticos, porém, têm patrimônios declarados que variam de R$ 1,709 milhão a R$ 3,278 milhões
Foto: Reprodução
Três ex-governadores e quatro viúvas de ex-governadores da Paraíba entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para voltarem a receber uma pensão de até R$ 31,1 mil. O benefício foi suspenso em 2020, após a Corte entender que o pagamento era inconstitucional. Na ação, os ex-governadores e as viúvas justificaram estar em "estado de vulnerabilidade social", uma vez que são idosos, e dependem diretamente da pensão para a sobrevivência. As informações foram publicadas nesta segunda-feira (21) pelo jornal Estadão.
No entanto, os três ex-governadores têm patrimônios declarados que variam de R$ 1,709 milhão a R$ 3,278 milhões, além de ainda atuarem na política, o que ainda garante outras fontes de renda.
Já entre as viúvas, há uma desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado que recebe, em média, R$ 62,5 mil por mês.
A ação foi ajuizada na última segunda-feira (17) pelos ex-governadores Ricardo Coutinho (PT), Roberto Paulino (MDB) e Cícero Lucena (PP). As viúvas são Glauce Maria Navarro Buriti, Myryam de Mello e Silva Cabral, Mirtes de Almeida Bichada Sobreira e Fátima Bezerra Maranhão, casadas com Tarcísio Buriti, Milton Cabral, Ivan Bichada e José Maranhão, nesta ordem.
Os ex-governadores e viúvas também pedem ao STF o pagamento retroativo das pensões. A ação foi sorteada ao ministro Luiz Fux.