Exército aplica punições a 38 militares após furto de metralhadoras em Barueri

O Exército decidiu tomar medidas administrativas contra 38 militares após o furto de 21 metralhadoras de grosso calibre no Arsenal de Guerra em Barueri, na Grande São Paulo, ocorrido em outubro de 2023. As punições, que variam de prisão disciplinar por um a 20 dias, começaram a ser aplicadas em novembro, mesmo mês do incidente.

Essas sanções internas foram direcionadas não apenas aos militares diretamente relacionados ao furto, mas também àqueles que, eventualmente, falharam ou deixaram de cumprir alguma medida que poderia ter prevenido o incidente. Paralelamente, seis militares e dois civis respondem criminalmente pelas armas desaparecidas.

Na esfera criminal, a Justiça Militar autorizou a prorrogação do prazo do Inquérito Policial Militar (IPM) até 17 de janeiro, devido à extensão da análise das provas, com possibilidade de novas prorrogações. O Exército justificou que o caso demanda a produção de diversos elementos e a obtenção de informações e pesquisas.

O furto das 21 metralhadoras foi confirmado pelo Exército em outubro, e duas armas permanecem desaparecidas. A investigação envolve pelo menos seis militares de diferentes patentes. A expectativa é de que o inquérito militar conclua com o indiciamento dos suspeitos por furto, peculato, receptação e extravio, podendo resultar em pedidos de prisão. Dois civis também são investigados por possível receptação.

O Inquérito Policial Militar (IPM) é um procedimento administrativo que investiga suspeitas de crimes militares, e sua conclusão pode levar a uma ação penal militar, acompanhada pelo Ministério Público. O Comando Militar do Sudeste, em nota, informou que o IPM corre sob sigilo, e detalhes serão divulgados oportunamente após a conclusão do processo.