Exportações de café brasileiro para China crescem 275% em 2023, impulsionadas por aumento no consumo jovem
Segundo a Cecafé, previsão é que vendas desse ano cheguem a 2,5 milhões de sacas
Foto: Swapnil Bapat
A China passou a "descobrir" o café na última década e, mais recentemente, a bebida tem se tornado moda entre os jovens chineses. Atualmente, o consumo do café chega a 6 milhões de quilos por ano, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Essa mudança na China "bateu forte" no Brasil só em 2023, quando as vendas nacionais do produto dispararam 275% ao país asiático, em relação a 2022, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), que participa de novos acordos com o país.
Com isso, a China passou da 20ª para a 6ª posição no ranking dos principais importadores de café do Brasil, que é o maior produtor do grão.
No ano passado, o país chinês se tornou líder mundial em número de cafeterias de marca, alcançando 49,6 mil lojas, conforme dados da World Coffee Portal. O resultado ultrapassou os Estados Unidos (42,8 mil lojas).
Exportações do Brasil
Entre janeiro e setembro deste ano, as vendas brasileiras de café para a China ficaram praticamente estáveis, em 680 mil sacas, se comparado com o mesmo período de 2023. No entanto, a Cecafé prevê que as vendas ao país cheguem a 2,5 milhões de sacas até o final do ano.
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, hoje os EUA são o país que mais compram café do Brasil. Em 2023, foram investidos US$ 1.131 milhões na exportação do grão. Na sequência aparecem a Alemanha (US$ 1.071 milhões), Itália (US$ 664 milhões), Bélgica (US$ 640 milhões), Japão (US$ 463 milhões) e a China (US$ 278 milhões).