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Salvador

Exposição excessiva à luz artificial à noite pode aumentar risco de problemas de saúde mental

Estudo revela impactos significativos sobre a saúde mental devido à exposição noturna à luz artificial

Por Da Redação
Ás

Exposição excessiva à luz artificial à noite pode aumentar risco de problemas de saúde mental

Foto: Pexels

Logo após a virada do milênio, o Sol adquiriu um novo significado em termos de saúde pública. Apesar dos efeitos prejudiciais da exposição excessiva ao sol, descobertos em meados do século XX, a necessidade de passar alguns minutos ao ar livre, especialmente durante os períodos de menor intensidade de radiação solar, tornou-se fundamental para a manutenção dos níveis de vitamina D.

Essa vitamina desempenha um papel essencial na saúde dos ossos, músculos e no sistema imunológico. A importância da exposição solar foi rapidamente reconhecida, levando a uma crescente ênfase na luz natural em prol do bem-estar e da produtividade.

No entanto, a luz natural está longe de ser replicada por fontes artificiais, que se tornaram onipresentes em nossas vidas, de relógios inteligentes a celulares e televisões. Isso tem um preço, especialmente durante as horas noturnas. O maior estudo já realizado sobre esse tema, que envolveu mais de 86.000 participantes, revelou que os efeitos prejudiciais da exposição noturna à luz artificial, particularmente sobre a saúde mental, são ainda mais graves do que se pensava.

De acordo com as descobertas publicadas na prestigiosa revista Nature Mental Health, a exposição exagerada à luz artificial durante a noite aumenta significativamente o risco de desenvolver distúrbios e condições psiquiátricas. Para contextualizar, enquanto a exposição significativa à luz natural durante o dia reduziu em 20% o risco de depressão, uma exposição semelhante durante a noite aumentou em 30% as chances de desenvolver essa doença.

Resultados semelhantes foram observados para automutilação, psicose, transtorno bipolar, transtorno de ansiedade generalizada e transtorno de estresse pós-traumático. Esses efeitos persistem independentemente de fatores cruciais, como atividade física, quantidade de sono e estação do ano.

Com base nesses achados, os pesquisadores sugerem que, ao se preparar para dormir, é mais benéfico ler um livro do que se envolver com dispositivos eletrônicos, como celulares. A pesquisa destaca a necessidade de considerar o impacto da exposição noturna à luz artificial em nossa saúde mental.

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