"Fachin teria que agradecer e tomar as providências", diz Bolsonaro sobre participação do Exército nas eleições
Presidente ressalta, no entanto, que Forças Armadas "não estão se metendo em processo eleitoral"
Foto: Reprodução/Youtube
Durante transmissão ao vivo na noite desta quinta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a ressaltar a participação das Forças Armadas no processo eleitoral e afirmou que o ministro Edson Fachin, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deveria "agradecer" ao Exército e "tomar providências" em relação às sugestões encaminhadas a Corte.
"Ninguém está duvidando das eleições aqui, deixo bem claro. Ninguém está atacando a democracia, nem atacando o TSE. Convidaram as Forças Armadas e as Forças Armadas apresentou suas nove sugestões", afirmou o presidente.
Segundo Bolsonaro, o Exército teria identificado "centenas de vulnerabilidades" no processo eleitoral brasileiro. "Foram feitas sugestões para fechar essa peneira. Já passou um tempo longo e o TSE não se manifesta.", disse.
Além disso, o presidente reafirmou que, devido ao convite para que o Exército acompanhasse o pleito deste ano, o papel deveria ser mais ativo. Bolsonaro também citou que uma auditoria contratada para as eleições deve pedir informações sobre o trabalho das Forças Armadas no processo.
"O que pode acontecer, essa empresa pode chegar a conclusão, antes das eleições, de que, dada a documentação que tem na mão, para melhor termos uma eleição livre de qualquer suspeita", afirmou.
"Convidaram as Forças Armadas, elas não vão fazer o papel de chancelar apenas o processo eleitoral.", seguiu. "Eu entendo que o ministro do TSE, Fachin, teria que agradecer, tomar providências e debater e discutir com as Forças Armadas para que as eleições acontecessem sem qualquer suspeição", concluiu.