Famílias de baixa renda sentem queda nos preços dos alimentos, segundo Ipea

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta terça-feira (17) que, em setembro, houve uma redução nos preços dos alimentos, aliviando os custos para famílias de baixa renda. Enquanto isso, os preços mais altos dos combustíveis aumentaram a inflação para famílias de maior renda.

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda revelou que os preços tiveram uma alta de 0,13% em agosto, mas caíram 0,02% em setembro para as famílias de renda muito baixa. Por outro lado, para as famílias de alta renda, a inflação acelerou, passando de 0,24% em agosto para 0,57% em setembro.

A queda nos preços dos alimentos, como feijão, farinha de trigo, batata, carnes, entre outros, foi o principal fator que contribuiu para a redução da inflação, especialmente para famílias de menor poder aquisitivo. Enquanto isso, os aumentos nos preços da energia elétrica e da gasolina afetaram o orçamento de todas as classes de renda. As famílias de maior renda também sentiram o impacto dos aumentos nas passagens aéreas, nos transportes por aplicativo, nos planos de saúde e nos itens e serviços de recreação.

Esses resultados levaram a uma inflação acumulada de 6,41% em 12 meses para a faixa de renda alta e 3,90% para a faixa de renda muito baixa em setembro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE, utilizado para calcular a inflação por faixa de renda, subiu de 0,23% em agosto para 0,26% em setembro, com uma taxa acumulada de 5,19% em 12 meses.

O indicador do Ipea divide as variações de preços em seis faixas de renda familiar, desde menos de R$ 2.015,18 por mês para famílias de renda muito baixa até acima de R$ 20.151,76 por mês para famílias de alta renda.