• Home/
  • Notícias/
  • Brasil/
  • Faroeste: PGR se diz surpresa com insinuações da desembargadora Ilona Reis sobre Aras

Faroeste: PGR se diz surpresa com insinuações da desembargadora Ilona Reis sobre Aras

Desembargadora diz ter sido vítima de extorsão para impedir que ela fosse presa

Por Da Redação
Ás

Faroeste: PGR se diz surpresa com insinuações da desembargadora Ilona Reis sobre Aras

Foto: Divulgação

A Procuradoria Geral da República (PGR) se disse surpresa com as insinuações da desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Ilona Reis, sobre o procurador-geral Augusto Aras em uma reportagem publicada nesta sexta-feira (4), pela revista 'Crusoé'.

Em uma carta escrita em maio, Ilona alega que foi presa por não ter aceito um acordo proposto pelo advogado José César Souza, conhecido como César Cachaça, para o pagamento de R$ 1 milhão em troca de não ser presa na operação conduzida por Aras. Em troca, ela teria que citar, em delação, alguns nomes, como o do senador Jaques Wagner (PT-BA) e outros dois empresários baianos. Ilona está presa desde dezembro de 2020 pela Operação Faroeste, que investiga um esquema de venda de sentenças no TJ-BA. 

Além de Aras, Ilona também citou o nome da subprocuradora da República, Lindôra Araújo, responsável pelas denúncias da operação e com quem se encontrou para propor uma delação premiada.

Em resposta enviada à Crusoé, a PGR confirmou o encontro de Ilona com Lindôra, no entanto, disse que a reunião seguiu "os padrões de atendimento em casos desse tipo, na presença de vários procuradores". 

A PGR também disse que um segundo encontro com a subprocuradora também aconteceu, porém, o acordo de delação não foi concretizado. Na nota, a PGR disse que "Surpreende que a alegação da agora ré não tenha sido apresentada no processo, mas na imprensa. O PGR repele as insinuações".

Veja abaixo a nota na íntegra:

“A desembargadora Ilona Reis está presa desde dezembro de 2020 na Papuda, em Brasília, por decisão da Corte Especial do STJ, da relatoria do ministro Og Fernandes, da Operação Faroeste. A prisão já foi reiterada pela Corte Especial do Tribunal após análise de farto acervo probatório documental e pericial. As provas apontam para a existência de uma organização criminosa que vendia sentenças, formada por desembargadores, advogados e autoridades policiais, fazendo parte da apuração inclusive crimes de homicídio. Na condição de investigada, Ilona Reis pediu para ser atendida na Procuradoria-Geral da República. A audiência foi realizada na Assessoria Jurídica Criminal e, conforme os padrões de atendimento em casos desse tipo, na presença de vários procuradores. Na oportunidade, a desembargadora manifestou interesse em fazer acordo de colaboração premiada. Embora tenha havido um segundo encontro também a pedido da desembargadora, o acordo não foi firmado. De forma paralela, em decorrência de diligências concluiu-se a coleta de provas contra a investigada e o pedido de prisão foi encaminhado ao STJ. Surpreende que a alegação da agora ré não tenha sido apresentada no processo, mas na imprensa. O PGR repele as insinuações.”

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]
*Os comentários podem levar até 1 minutos para serem exibidos

Faça seu comentário