Política

Festas juninas esvaziam Câmara e CPI do 8 de Janeiro pode avançar

Parlamentares seguem de home office até a sexta-feira (30)

Por Da Redação
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Festas juninas esvaziam Câmara e CPI do 8 de Janeiro pode avançar

Foto: Pedro Salada/Câmara dos Deputados

Os dias de festejos juninos deixam a Câmara dos Deputados vazia após o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), ter liberado a participação remota dos parlamentares de até a próxima sexta-feira (30).  Contudo, o esvaziamento dos trabalhos presenciais abre caminho para o avanço da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os atos de 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

O home office do período junino busca viabilizar a participação de parlamentares nas festas populares juninas, a menos de 30 dias do recesso parlamentar, previsto para 18 de julho. Com a decisão, os deputados devem retornar ao plenário apenas em 4 de julho, quando a Casa deve iniciar a votação da reforma tributária.

A semana de sessões remotas também impacta nas pautas da Câmara. A oitiva com o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, por exemplo, foi cancelada.

Apesar disso, a CPI dos atos do dia 8 de janeiro deve avançar, visto que entre os parlamentares há uma percepção de que, quase seis meses após os atos, a comissão mista enfrenta dificuldades para engrenar e produzir um fato novo, uma vez que investigações encabeçadas por outros órgãos, e iniciadas meses antes, já protagonizam o tema.

Com depoimentos de dois militares e poucos assuntos disputando as atenções, a comissão terá a chance de efetivamente avançar frente à opinião pública e política. Na segunda-feira (26), o colegiado vai ouvir o depoimento Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal.

No dia seguinte, na terça (27), a comissão terá uma oitiva com Jean Lawand Junior, Coronel do Exército, que aparece em troca de mensagens com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, discutindo a possibilidade de um golpe de Estado no Brasil. Lawand acionou o STF e pediu para ficar em silêncio em seu depoimento. 

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